Soja: Demanda dá suporte aos preços em Chicago e dólar puxa referência nos portos do Brasil

Publicado em 09/11/2016 11:51

Após testar baixas mais severas, os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago amenizaram as perdas e, na sequência, passou a operar em campo positivo no início da tarde desta quarta-feira (9). O mercado refletiu a aversão ao risco no financeiro trazida pela eleição de Donald Trump como presidente dos EUA, porém, passou a dar mais espaço para seus fundamentos, principalmente os de demanda, para voltar a subir. 

Assim, por volta de 12h40 (horário de Brasília), a commodity registrava ganhos de mais de 4 pontos entre os principais vencimentos, com o novembro/16 valendo US$ 10,06 por bushel e o maio/17 a US$ US$ 10,29. 

O mercado, portanto, busca a retomada de alguns patamares importantes também para se posicionar à espera pelos novos números mensais de oferta e demanda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz na tarde de hoje, às 15h (horário de Brasília). E os últimos números da demanda pela soja norte-americana têm sido bastante surpreendentes e têm dado fôlego às cotações nos últimos meses. 

 para muitos analistas e consultores de mercado, os novos números de exportações norte-americanas poderiam ser revisados para cima, podendo amenizar o impacto de uma também esperada alta na estimativa para a produção 2016/17 do país. Dessa forma, as projeções para os estoques finais dos EUA também poderiam ser limitadas. 

Leia mais sobre as expectativas para o boletim do USDA que chega nesta quarta-feira (9), às 15h (horário de Brasília):

>> USDA: Força intensa da demanda pode limitar alta dos estoques de soja nos EUA 

"As notícias contínuas de novas vendas dos EUA para a China ainda continua como a pedra fundamental do suporte", diz, em nota, o analista de Tobin Gorey, do Commonwealth Bank da Austrália após o resultado da eleição americana. 

Dólar e preços no Brasil

A surpresa do mercado financeiro e dos investidores com a vitória de Trump nos EUA promoveu uma corrida para o dólar, não só para o Brasil, mas em diversos países, e a moeda americana começou o dia com uma forte alta de mais de 2% frente ao real. A divisa segue avançando, porém, de forma mais amena e, perto de 13h  (Brasília), o ganho era de 1,7% para que fosse cotada a R$ 3,221. 

Com isso, a reação dos preços da soja nos portos do Brasil foi imediata e, consequentemente, positiva. No terminal de Rio Grande, as referências subiam tanto no mercado disponível, quanto no futuro. Os ganhos eram de, respectivamente, 2,63% e 1,27%, para preços de R$ 78,00 e R$ 80,00 por saca. 

O andamento do câmbio, no entanto, deverá se acompanhado com bastante atenção e cautela frente à essa mudança no governo norte-americano. Para o economista chefe da Infinity Asset Management, Jason Vieira, o candidato republicano eleito ainda inspira uma série de incertezas. 

"É preciso tentar entender ao que vem o Trump. Essa é a grande dúvida. (...) É difícil mensurar qual vai ser o equilíbrio tanto do dólar local quanto internacional", diz.

No link abaixo, confira a íntegra da entrevista de Vieira ao Notícias Agrícolas:

>> Vitória de Trump nos EUA ainda é uma incógnita para economia mundial

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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