Milho fecha pregão desta 3ª feira com forte alta na CBOT antes boletim do USDA e eleição nos EUA
As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram o pregão desta terça-feira (8) com forte alta. Durante o dia, as principais posições da commodity ampliaram os ganhos e fecharam o dia com valorizações entre 7,25 e 8,00 pontos. O vencimento dezembro/16 era cotado a US$ 3,54 por bushel e o março/17 a US$ 3,62 por bushel. Já o maio/17 fechou a sessão a US$ 3,70 por bushel.
De acordo com informações das agências internacionais, os preços voltaram a subir diante do otimismo no mercado financeiro. Paralelamente, o nervosismo com a eleição presidencial nos Estados Unidos também influenciou o andamento das negociações. Os americanos escolhem entre os candidatos Hillary Clinton e Donald Trump e as primeiras apurações indicam uma ligeira vantagem para a candidata democrata.
Outro fator que também está no radar dos investidores é o relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que será reportado nesta quarta-feira (9). E, segundo o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o boletim deve ser mais favorável aos compradores, com a indicação de uma safra recorde.
"Apesar da possibilidade de uma redução na produção americana, ainda teremos uma safra recorde", afirma o consultor. As expectativas dos participantes do mercado giram em torno de 377,97 milhões até 386,81 milhões de toneladas do cereal para essa temporada.
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Da mesma forma, a consolidação da safra americana também continua em pauta. Ainda ontem, o departamento informou que cerca de 86% da área já foi colhida no país. O número ficou 2% acima do esperado pelos investidores, de 84%. Na semana anterior, o percentual era de 75% e no mesmo período do ano passado, o índice era de 91%. Já a média dos últimos cinco anos para o período é de 85%.
BM&F Bovespa
Na bolsa brasileira, os futuros do milho recuaram pelo 5º dia consecutivo. As cotações do cereal ampliaram as perdas ao longo do pregão desta terça-feira (8) e encerraram o dia com perdas entre 0,25% e 1,02%. O vencimento novembro/16 era cotado a R$ 39,40 a saca e o janeiro/17 a R$ 38,65 a saca. O março/17 fechou a sessão a R$ 36,85 a saca.
Segundo explica o analista de mercado da Labhoro Corretora, Tiago Delano, os compradores ainda estão abastecidos e adquirem o produto apenas pontualmente. "Temos uma ausência de negócios no mercado físico. E o milho importado também ajudou a abastecer o mercado, com isso, temos esse reflexo nos contratos na BM&F Bovespa", diz.
Em contrapartida, o especialista ainda ressalta que, na outra ponta, os vendedores estão capitalizados. "Então, estão tentando segurar o produto por enquanto, mas temos a entrada do milho da safra de verão, o que poderia levar alguns compradores ao mercado para dar espaço dos estoques para esse novo cereal", acredita.
Do lado positivo, as especulações sobre o efeito do La Niña nas lavouras de milho verão no Paraná e na Argentina, poderiam dar sustentação, especialmente ao contrato setembro, ainda conforme afirma Delano.
Mercado interno
Nas principais praças pesquisadas pela equipe do Notícias Agrícolas, a terça-feira foi de estabilidade. Em Sorriso (MT), o valor recuou 3,85%, com a saca do cereal a R$ 25,00. Nas regiões de Rio Verde (GO) e em Ponta Grossa (PR), a queda foi de 2,70%, com a saca do milho a R$ 36,00.
Na localidade de Não-me-toque (RS), o valor caiu 2,63%, com a saca a R$ 37,00. Já em Cascavel (PR), a saca fechou o dia a R$ 31,00, com desvalorização de 1,61%. Em Uberlândia (MG), a queda foi de 1,16%, com a saca do cereal a R$ 42,50. Na contramão desse cenário, o preço subiu 1,56% no Porto de Paranaguá, com a saca a R$ 32,50.
No caso do mercado doméstico, os compradores e vendedores continuam a se enfrentar em grande parte das regiões. O cenário tem resultado na lentidão dos negócios observados no mercado interno.
Dólar
A moeda norte-americana encerrou o pregão desta terça-feira (8) com forte queda. O câmbio encerrou o dia a R$ 3,1674 na venda, com desvalorização de 1,16%. De acordo com dados da agência Reuters, o dólar foi pressionado pelas perspectivas de vitória da candidata democrata Hillary Clinton na eleição presidencial nos Estados Unidos.
Confira como fecharam os preços nesta terça-feira:
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