Exportações e importações da China caem mais que o esperado em outubro
Por Elias Glenn e Kevin Yao
PEQUIM (Reuters) - As exportações e as importações da China caíram mais do que o esperado em outubro, com a demanda doméstica e global fraca aumentando as dúvidas sobre se uma recuperação da atividade econômica na maior nação comercial do mundo pode ser sustentada.
As exportações caíram 7,3 por cento em outubro na comparação com o ano anterior, enquanto as importações encolheram 1,4 por cento, mostraram dados oficiais divulgados nesta terça-feira, levantando temores de que a recuperação observada nos últimos meses pode vacilar.
Isso deixou o país com um superávit comercial de 49,06 bilhões de dólares no mês, segundo a Administração Geral da Alfândega, ante expectativa de 51,7 bilhões de dólares e 41,99 bilhões em setembro.
Embora dados recentes tenham sugerido que a segunda maior economia do mundo estava se estabilizando, analistas alertam que um boom imobiliário, que gerou uma parcela significativa do crescimento, pode estar atingindo o ponto máximo, reduzindo a demanda por materiais de construção.
De fato, as importações chinesas de minério de ferro, petróleo, carvão e cobre caíram em outubro, após sua demanda forte ter impulsionado os preços globais de muitas commodities neste ano.
Analistas consultados pela Reuters esperavam que as exportações em outubro recuassem 6 por cento sobre o ano anterior, ante a contração de 10 por cento em setembro. A expectativa para as importações era de queda de 1 por cento, após recuo de 1,9 por cento em setembro.
"Nossa conclusão é de que a demanda externa permanece fraca, mas não piorou significativamente. Embora as exportações e as importações tenham ficado aquém das expectativas, elas melhoraram em relação ao mesmo período do ano passado", disseram economistas do ANZ em nota, destacando que a taxa de declínio em outubro se moderou ante setembro.
Mesmo assim, as exportações nos primeiros 10 meses do ano caíram 7,7 por cento em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto as importações perderam 7,5 por cento.
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