Bovespa tem leve alta em sessão com intenso noticiário corporativo
Por Flavia Bohone
SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da bolsa paulista buscava firmar-se no azul nesta sexta-feira, em meio à divulgação de uma série de resultados corporativos trimestrais, com as ações da Usiminas liderando a ponta positiva, enquanto Ambev era um dos destaques de baixa.
Às 11:36, o Ibovespa subia 0,27 por cento, a 64.422 pontos. O volume financeiro era de 1,7 bilhão de reais.
O atual patamar do Ibovespa, que está rondando as máximas desde abril de 2012, também deixa a porta aberta para ajustes, como visto nos três primeiros pregões desta semana.
Analistas afirmam que, para manter o otimismo na bolsa, que ganhou impulso da cena política e expectativa por avanços de medidas econômicas, é preciso ver sinalização de melhora nos resultados corporativos, com números que mostrem que as empresas estão preparadas para uma retomada da economia.
No exterior, a atenção estava voltada para a divulgação dos dados do Produto Interno Bruto dos Estados Unidos, mostrando crescimento de 2,9 por cento da economia no terceiro trimestre, acima da expectativa de economistas em pesquisa Reuters, de 2,5 por cento.
O economista-chefe da corretora Modalmais, Alvaro Bandeira, destacou que a aceleração na expansão da economia norte-americana leva ao aumento nas chances de elevação dos juros nos EUA em dezembro, "além de novas altas no curso de 2017".
DESTAQUES
- USIMINAS subia quase 7 por cento, a maior alta do Ibovespa, com analistas monitorando os números da empresa, que mostrou prejuízo líquido pelo nono trimestre seguido, mas manteve a trajetória de redução no resultado negativo da empresa, que foi de 107 milhões de reais no terceiro trimestre.
- VALE PNA avançava 0,92 por cento e VALE ON subia 1,32 por cento. O Deutsche Bank elevou o preço alvo para as ADRs da empresa para, de 7 dólares para 10 dólares, com recomendação de compra, um dia após a empresa divulgar lucro de 1,842 bilhão de reais no terceiro trimestre.
- GRUPO PÃO DE AÇÚCAR PN ganhava 2,92 por cento. A empresa informou prejuízo de 308 milhões de reais no terceiro trimestre, mais que o dobro do resultado negativo em igual período de 2015. Para analistas da corretora Brasil Plural, os resultados das operações de varejo parecem estar relativamente em linha com as suas previsões, com um resultado levemente acima do que o esperado nas divisões de multivarejo e atacarejo.
- RAIA DROGASIL avançava 2,44 por cento, após divulgar aumento de 33,1 por cento no lucro no terceiro trimestre frente a igual período de 2015 e crescimento de 25,2 por cento na receita. Para analistas do Santander Brasil, os resultados foram fortes e o aumento de preços em abril continua beneficiando as margens devido à grande compra de estoque antes do reajuste.
- BRF subia 2,13 por cento. No radar estava o resultado da empresa, que mostrou lucro líquido de 18 milhões de reais no terceiro trimestre abaixo do resultado positivo de 687 milhões de reais um ano antes. Analistas do UBS disseram que os ganhos de eficiência compensaram apenas parcialmente o aumento das pressões com custos de grãos e destacaram o benefício da incorporação de recentes aquisições às vendas da empresa.
- AMBEV caía 2,92 por cento, a maior baixa do Ibovespa, após a empresa informar uma alta de 3,6 por cento no lucro do terceiro trimestre ante igual período do ano passado, para 3,2 bilhões de reais. A empresa afirmou que os investimentos no Brasil devem encerrar o ano em patamar menor ao de 2015.
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