Argentina: em terras arrendadas do Norte, a soja não é negócio
Com a redução de 30% para 25% nas taxas de exportações de soja na Argentina, atribuída apenas para os distritos inclusos no Plano Belgrano (um programa criado pelo presidente Maurício Macri que visa incentivar o desenvolvimento social, produtivo e de infraestrutura do norte argentino), os produtores de soja de Salta terão uma margem bruta de 38 dólares por hectare, segundo informe da Associação de Produtores de Grãos do Norte (Prograno), publicado pelo jornal El Tribuno. Antes da redução, este saldo era negativo, de -12,7 dólares por hectare.
Embora a medida tenha sido bem recebida pelo setor agropecuário local, ainda não é suficiente para que os produtores da província, que possuem 40% dos campos aptos para cultivo, vejam o negócio como vantajoso.
De acordo com a Prograno, se perde 60 dólares por hectare se a produção é feita em terra arrendada, com base no preços históricos dessa operação, que equivale a 20% do produzido. O custo total de produzir soja em terra alheia chega a 552 dólares por hectare.
Nos últimos dois anos, este valor foi menor e, inclusive, em muitos casos, se ofereceram terras sem arrendamentos para que fossem cultivadas com milho e evitar que os lotes ficassem vazios.
Rentabilidade
Com os 5% a menos nas exportações, os empresários rurais de salta deixarão de pagar U$S 23.400.000 em taxas. O cálculo é feito com base nas 1.170.000 toneladas de soja que se pretende colher na safra 2016/17.
De acordo com o gerente da Prograno, Lisandro de Los Rios, quando a soja tem rentabilidade, automaticamente se equilibram as terras destinadas às produções regionais.
Um recente estudo da Bolsa de Comércio de Rosário (BCR) estima que a margem de renda de um produtor localizado na zona de Anta, a 1.150km do porto de Rosário, será de 11% de seus ingressos brutos, enquanto no cenário tributário anterior era de 6%. Em contraste com a região central do país, em caso de lotes localizados a 100km do porto, os ingressos brutos são de 31%.
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