Boi gordo registra negócios acima da referência; Mercado de suínos e aves anda de lado
Ainda que o consumo de carne não evolua e isso imprima resistência às valorizações da arroba, os frigoríficos aumentaram as ofertas de compra pela dificuldade em adquirir boiadas terminadas, principalmente em lotes maiores.
De maneira geral, a frequência de negócios a valores maiores vem aumentando em todo o país, o que levou a reajustes das referências do boi gordo em nove praças, das trinta e duas pesquisadas.
No Pará, em Marabá, nos sete primeiros dias úteis do mês a alta chegou a 2,3%. As três praças pesquisadas no estado apresentaram reajuste nas cotações.
No mercado atacadista de carne com osso o boi casado de bovinos castrados está cotado em R$9,59/kg, queda de 1,7% desde o início do mês.
Com a arroba em alta e as recentes quedas da carne com osso, a margem de comercialização dos frigoríficos voltou a estreitar e está em 15,71%, queda 1,33 ponto percentual desde o início do mês.
Suíno Vivo: São Paulo e Minas Gerais fecham com referências estáveis; Custos de produção recuam
Por Sandy Quintans
O mercado de suíno vivo registrou mais um dia de preços estáveis nesta terça-feira (11). Seguindo a tendência das demais regiões, Minas Gerais e São Paulo também definiram manutenção nas cotações para os próximos dias — assim como nas semanas anteriores.
A bolsa de suínos paulista ficou definida entre R$ 77 e R$ 79, valor equivalente a R$ 4,10 e R$ 4,21/kg — o mesmo das últimas semanas na praça de comercialização. Já Minas Gerais voltou a encerrar em R$ 4,20/kg, valor cotado há sete semanas.
O analista de mercado, Fabiano Coser, explica que a demanda ainda tem ditado os preços, apesar do avanço nos dados de exportações – o que diminui os impactos do enfraquecimento no cenário doméstico. “A fragilidade da economia brasileira não tem permitido reação nas cotações do animal vivo, nem mesmo com a proximidade das festas de final de ano”, explica.
Dados parciais de outubro para a carne suína in natura confirmam o desempenho positivo dos embarques, de acordo com divulgação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) na segunda-feira. Em seis dias úteis, foram exportados 15,6 mil toneladas, com média diária de 3,1 mil toneladas.
Além disto, os custos de produção têm registrado ligeira melhora – embora ainda seja sinal de atenção nas granjas. Segundo levantamento da Embrapa Suínos e Aves, o ICPSuíno/Embrapa teve queda no índice em relação a agosto de 5,11%, chegando a 233,96 pontos. Em comparação com o ano passado houve uma alta de 19,15%, com acumulado de 14,70%. Apenas neste mês, os dados de nutrição recuaram 5,06%.
O presidente da ACCS (Associação Catarinense de Criadores de Suínos), Losivânio de Lorenzi, explica que é necessária a mudança de preços para amenizar o cenário de altos custos de produção desde o início de 2016. “Esperamos ter um padrão melhor de preços, mesmo com as dificuldades da nossa economia. Precisamos de uma melhor remuneração para que possamos ter lucratividade na propriedade e minimizar os custos de produção”, explica.
Frango Vivo: Mercado registra estabilidade nesta 3ª feira, mesmo com expectativa de altas
Por Sandy Quintans
Nesta terça-feira (11), o mercado de frango vivo registrou preços firmes nas principais praças de comercialização. Mesmo com a primeira quinzena do mês, nenhuma mudança foi registrada para os preços nas granjas – refletindo demanda enfraquecida no cenário doméstico. Em São Paulo a referência segue em R$ 3,10/kg e em Minas Gerais a R$ 3,30/kg.
A pouca movimentação tem frustrado as expectativas do mercado por novos reajustes, apesar dos preços positivos no atacado. Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, altas não estão descartadas nesta semana, embora deva ocorrer de forma comedida.
Por outro lado, os custos de produção em setembro tiveram recuo, segundo levantamento da Embrapa Suínos e Aves. O ICPFrango/Embrapa registrou recuo de 3,55% em relação a agosto, atingindo 211,50 pontos.
No acumulado do ano, a alta é de 6,30% para os custos de produção, enquanto que em 12 meses a variação é de 11,03%. Os dados de nutrição voltam a ser o maior fator de baixa nos gastos de setembro, com recuo de 3,24%.
Apesar do recuo nos últimos meses no índice, ainda existe a necessidade de alta nas cotações devido aos preços dos grãos praticados no cenário doméstico – por causa da oferta reduzida. “Além disso, os preços do milho permanecem em patamares bastante acentuados, o que amplia a necessidade de reajustes no curto prazo”, sinaliza Iglesias.
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