Suíno vivo: Demanda fraca limita valorizações no mercado independente
As cotações do suíno vivo no mercado independente encerraram estáveis nesta quinta-feira (29). No início da semana Minas Gerais, Goiás, São Paulo e Rio Grande do Sul definiram manutenção nas cotações, enquanto Santa Catarina registrou acréscimo de R$ 0,10 na referência, fechando cotado a R$ 3,90/kg.
De acordo com o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) a demanda fraca também vem pressionando os preços da carne no atacado.
Na grande São Paulo, a carcaça sofreu queda de 2,8%, fechando a R$ 6,05/kg. Já os valores da carcaça comum se mantiveram estáveis no período, com o produto cotado a R$ 5,79/kg
"Pelo menos até o início de outubro e o consequente recebimento dos salários, agentes do segmento frigorífico consultados pelo Cepea não apostam em melhora significativa da demanda por carne", afirmou o Centro em seu boletim semanal.
>> Evolução da demanda ditará preços das carnes no último trimestre do ano
E esse cenário de dificuldade na evolução das cotações já traz reflexo a cadeia produtiva. "Há um acumulo de prejuízo muito forte dentro de nossa atividade, um abandono de muitos produtores, em especial os independentes, que estão saindo da atividade por não enxergarem um universo promissor e isso preocupa demais o setor, principalmente em Santa Catarina que é um Estado diferenciado de sanidade, que tem uma mão de obra inigualável, e que cada vez mais está difícil fazer um sucessor dentro da propriedade rural, por essas questões da crise e falta de atenção de nossos políticos quando se trata do meio rural”, desabafa o presidente da ACCS (Associação Catarinense de Criadores de Suínos), Losivanio Luiz de Lorenzi.
Importação Milho
Com objetivo de manter o abastecimento no mercado interno, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) prorrogou - no final da tarde de ontem - a redução 8% para zero por cento da tarifa de importação de milho de terceiros países (fora do Mercosul).
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