FAEP pede apoio à comercialização do trigo
Atento às pressão que o preço do trigo está sofrendo no mercado interno e externo no momento em que os produtores paranaense estão colhendo a safra do cereal, o presidente da FAEP, Ágide Meneguette, encaminhou na sexta-feira (23) um ofício ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) solicitando apoio à comercialização do produto, para que a queda nos preços não prejudique a renda dos produtores.
No cenário internacional, o preço do trigo vem caindo diante do aumento na produção no Mercosul, que não foi acompanhado pelo aumento no consumo na América do Sul. Segundo o documento, o recuo na paridade de importação em relação à Argentina, por conta do câmbio, e o aumento da produção no país vizinho favorecem as importações do Brasil, contribuindo para o cenário de pressão nos preços recebidos pelos produtores.
Os efeitos já são sentidos no Paraná, principal produtor brasileiro do cereal. De acordo com a Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o preço médio recebido pelo produtor paranaense em setembro atingiu R$ 38,49 por saca. Esse valor é inferior ao custo operacional no Estado, que é, em média, de R$ 45,08 por saca, praticamente igual ao custo variável, de R$ 38,24 por saca, e também abaixo do preço mínimo de R$ 38,65 por saca, estabelecido na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) para a safra 2016/17.
Apesar de ser um alimento de importância estratégica na alimentação brasileira, o trigo não goza de políticas de apoio que tornem a cultura atraente. No Paraná, a área destinada ao cereal encolheu 20% em relação à última safra
1 comentário
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marcio aldir graf Manoel Ribas - PR
Trigo, esse preço de R$ 38,49 já é passado... em algumas praças a compra do produto foi tirado de mercado, ninguém compra...
O mercado do trigo sempre funcionou assim. Os moinhos seguem importando em plena safra a preços elevados, com isso represam a comercialização interna forçando os preços para baixo, e se abusar ainda contam com incentivos do governo para a compra. E o produtor descapitalizado entra numa espécie de leilão inverso: vende aquele que ofertar por preço menor.
exato amigo, hoje abriu preço em uma das cooperativas da minha região, R$2,00 abaixo do preço mínimo, que deveria ser protegido por lei, aliás, senão de que vale politica de preço mínimo ?? oque vejo hoje na questão do trigo, é uma má vontade de todos os setores ligados á compra do produto...e o produtor fica entre a cruz e a espada; tenta vender quando colher e liquida os vencimentos, ou espera (leia, arrisca) uma melhora nos preços e paga juros aos bancos e fornecedores de insumos ?
ano após ano, o plantio diminui, ou se tem uma garantia de renda ao produtor, ou a cada ano, estaremos ainda mais dependentes de trigo importado..