Café: Bolsa de Nova York opera com leve queda nesta tarde de 2ª feira com pressão do câmbio
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com queda próxima de 20 pontos nesta tarde de segunda-feira (26) e estendem as perdas registradas na sessão anterior com os operadores ainda atentos as incertezas em relação à safra 2017/18 de café do Brasil, o câmbio e com o mercado realizando ajustes técnicos. Na semana passada, os vencimentos mais distantes chegaram a testar sem sucesso a casa de US$ 1,65 por libra-peso.
Por volta das 12h26, o contrato dezembro/16 registrava 151,10 cents/lb com 30 pontos de queda, o março/17 tinha 154,35 cents/lb com 25 pontos de desvalorização. Já o vencimento maio/17 estava cotado a 157,75 cents/lb com 20 pontos de desvalorização e o julho/17, mais distante, anotava 157,75 cents/lb com 30 pontos negativos.
O dólar comercial trabalha nesta tarde de segunda-feira praticamente estável. Às 11h09, a moeda norte-americana subia 0,09%, vendida a R$ 3,25, repercutindo a alta nos preços do petróleo e as informações políticas nos Estados Unidos. No entanto, a valorização da última sexta-feira (23) é que dita o mercado. A moeda encerrou a última sessão com alta de 0,66%, cotada a R$ 3,2472. A divisa mais valorizada tende a encorajar as exportações da commodity, mas derruba os preços externos.
Na semana passada, as cotações do arábica chegaram a testar o patamar de US$ 1,65 por libra-peso, mas não conseguiram sustentação e passaram a recuar e parecem ter encontrado sustentação no patamar de US$ 1,55/lb. Essa reversão de tendência, depois de os preços atingirem máximas de 19 meses, foi caracterizada pela agência internacional de notícias Reuters como uma perspectiva de baixa no curto prazo para o mercado do café.
Apesar da queda nos preços externos do grão, agências internacionais de notícias reportam que os operadores na Bolsa de Nova York seguem atentos à oferta global do grão diante de problemas que já começam a aparecer na safra 2017/18, que deve ser bienalidade baixa para a maioria das regiões produtoras do Brasil.
De acordo com mapas climáticos, chuvas isoladas foram registradas em áreas da Mogiana, Sul de Minas e Cerrado, além do Paraná. Segundo relatos de produtores, algumas lavouras de café já receberam floradas da próxima safra, mas elas não chegam a 20% de todo o cinturão. A principal florada deve ser registrada nos próximos dias.
No mercado interno, os negócios com café seguem lentos e com os produtores no aguardo de melhores patamares para voltarem mais ativamente às praças de comercialização. Na sexta-feira (23), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 496,42 e queda de 2,79%.
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