Venda de fertilizantes agrícolas no País cresceu 10,4% em 2016, indica IEA
De janeiro a julho de 2016, o País registrou a entrega de 16.528 mil toneladas de fertilizantes agrícolas ao consumidor final, um aumento de 10,4% em relação a 2015, quando este número ficou em 14.970 mil toneladas, conforme aponta a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Instituto de Economia Agrícola (IEA).
De acordo com o diretor do IEA, o pesquisador Celso Luis Rodrigues Vegro, que concluiu artigo sobre o tema, a aceleração dos pedidos de fertilizantes pelos agricultores se deu pela recuperação das cotações das commodities precificadas na Bolsa de Valores, em especial o milho e a soja, assim como pelas favoráveis condições climáticas no primeiro semestre do ano.
“Ademais, os satisfatórios preços recebidos pelos agricultores de soja e milho, e também as lavouras de cana-de-açúcar, café e laranja que exibiram elevações significativas ao longo de 2016, induziram a antecipação dos pedidos”, acrescentou o pesquisador. Ainda assim, o desempenho ficou abaixo do contabilizado no mesmo período de 2014, ano em que as entregas ultrapassaram a quantidade de 32 mil toneladas do produto.
O artigo evidenciou ainda um incremento de 9,4% na procura pelos nutrientes nitrogênio, fósforo e potássio, com a entrega de 7.030 mil toneladas aos produtores nos primeiros sete meses de 2016. No mesmo período do ano anterior, foram solicitadas 6.423 toneladas do composto.
O Estado do Mato Grosso, maior produtor nacional de soja, da safra de inverno de milho e de algodão, liderou o ranking, com 3.685 mil toneladas de produtos entregues, seguido do Paraná, com 2.282 mil toneladas, e de São Paulo, que teve no período a entrega de 1.832 mil toneladas do insumo.
Contudo, observou o diretor do IEA, a recuperação nas entregas de fertilizantes entre janeiro e julho de 2016 não significou aumento na produção nacional, pois se constatou queda de 1,7% na produção nacional, de 5,15 milhões de para 5,059 milhões de toneladas entre 2015 e 2016, respectivamente. “Aparentemente, a mobilização de estoques somada à apreciação do Real constituem os fatores responsáveis pela queda contabilizada na produção nacional, particularmente no caso do sulfato de amônio, que exibiu redução de produção associada à elevação dos custos das matérias-primas empregadas”, constatou Vegro.
“O acompanhamento do mercado de insumos agrícolas pelo IEA é um importante indicador para o setor agropecuário. Com isso, estamos cumprindo a orientação do governador Geraldo Alckmin de facilitar a transferência de conhecimentos gerados pelos institutos de pesquisa da Pasta a todos os elos da cadeia produtiva”, ressaltou o secretário de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim.
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