Café: Após forte alta pela manhã, Bolsa de Nova York avança cerca de 10 pts nesta 5ª feira
Após subirem forte pela manhã, as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) registram valorização de cerca de 10 pontos nesta tarde de quinta-feira (22) as incertezas com a oferta do grão na próxima temporada com informações pessimistas sobre o potencial produtivo do Brasil na próxima temporada, mas também tem suporte do câmbio, que impacta diretamente nas exportações da commodity.
Por volta das 12h03, o contrato dezembro/16 registrava 156,70 cents/lb com 15 pontos de alta, o março/17 tinha 159,85 cents/lb com 10 pontos de avanço. Já o vencimento maio/17 estava cotado a 161,80 cents/lb com 30 pontos de valorização e o julho/17, mais distante, anotava 163,40 cents/lb com 35 pontos positivos. Apesar da leve alta, os vencimentos mais distantes chegaram a testar o patamar de US$ 1,65 por libra-peso mais cedo.
De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, as cotações do arábica no terminal externo avançam nesta quinta também em acomodação técnica. Essa é a quarta sessão seguida de valorização nos preços externos da variedade. "As bolsas para o café operam em alta em linha a baixa do dólar e em ajustes de posições", afirma o analista.
O dólar comercial dá sequência as perdas da véspera após a decisão do Fed (Federal Reserve), banco central dos Estados Unidos, de manter a taxa de juros do país. Às 12h, a moeda norte-americana registrava baxixa de 0,22%, vendida a R$ 3,2043. O câmbio tende a influenciar diretamente nas exportações do grão e, consequentemente, impactam nos preços externos do café.
Os operadores externos também seguem atentos a oferta global do grão diante de problemas que já começam a aparecer na safra 2017/18, que deve ser bienalidade baixa para a maioria das regiões produtoras do Brasil. "Em visitas pelas principais regiões produtoras já se percebe que a safra do próximo ano será entre 15% e 20% menor no arábica e no robusta por conta do clima. Isso se as condições se normalizarem. Do contrário, as perdas podem ser ainda maiores", o superintendente de comercialização da Cooxupé(Cooperativa Regional dos Cafeicultores em Guaxupé), Lúcio Dias.
No mercado interno brasileiro, os negócios com café seguem lentos. O produtor ciente da realidade mercadológica espera melhores patamares para negociar mais ativamente suas produções. "O mercado interno do café deverá ter um dia lento, com negócios isolados e preços firmes", afirma Marcus Magalhães. Na quarta-feira (21), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 509,65 e queda de 0,89%.
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