Café: Bolsa de Nova York sobe mais de 500 pts nesta 2ª e volta a testar patamar de US$ 1,55/lb
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com alta de mais de 500 pontos nesta tarde de segunda-feira (19) e recuperam parte das perdas registradas na semana passada, quando os vencimentos tiveram queda acumulada de cerca de 2%. Com essa nova alta, os preços externos do grão voltam a ficar mais próximos do patamar de US$ 1,55 por libra-peso. O mercado segue atento às incertezas em relação ao potencial produtivo da próxima temporada, mas também repercute o câmbio e realiza ajustes técnicos.
Por volta das 12h04, o contrato dezembro/16 registrava 153,75 cents/lb com 535 pontos de alta, o março/17 tinha 156,75 cents/lb com 510 pontos de avanço. Já o vencimento maio/17 estava cotado a 158,80 cents/lb com 525 pontos de valorização e o julho/17, mais distante, anotava 160,50 cents/lb com 515 pontos positivos.
De acordo com o analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães, as bolsas para o café operam em alta nesta segunda-feira em linha a baixa do dólar e com ajustes de posições. Já na sexta-feira, o dia no mercado foi caracterizado por ajustes técnicos e cautela dos investidores nos mercados globais. "O dia foi lento. As oscilações presenciadas foram muito mais arranjos de expectativas do que uma reversão de tendência", explica. Para ele, o quadro continua construtivo no mercado e sem chance de haver no curtíssimo prazo uma mudança neste cenário.
O dólar comercial recua nesta tarde de segunda acompanhando o avanço nos preços do petróleo e as incertezas em relação ao anúncio do Fed (Federal Reserve), banco central dos Estados Unidos, sobre sua política monetária. Às 11h20, a moeda norte-americana caía 0,41%, vendida a R$ 3,2545. O dólar mais baixo tende a desencorajar as exportações da commodity.
Também repercute sobre os preços externos do arábica as incertezas em relação à safra 2017/18 e sobre os estoques nos países importadores e exportadores do grão. "Embora os níveis de estoques nos países produtores estejam próximos das mínimas históricas, os níveis de estoques nos países consumidores estão altos o suficiente para suprimir os preços diante das perspectivas de produção aquém das expectativas", disse o analista do Société Générale, Rajesh Singla, ao site internacional Agrimoney na semana passada.
Nas praças de comercialização do Brasil seguem lentos os negócios com café, apesar de valorização nos preços por conta dos rumores de que a florada da próxima safra brasileira de arábica seja novamente prejudicada. Os produtores preferem aguardar melhores patamares para voltarem às praças de comercialização. Na sexta-feira (16), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 500,98 e queda de 0,39%.
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