Zoneamento agrícola de risco climático das principais culturas do Tocantins passa por validação
O zoneamento agrícola de risco climático para as culturas da soja e do milho no Tocantins foi tema de reunião na semana passada na Embrapa em Palmas-TO. Considerado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) instrumento de política agrícola, o zoneamento "é elaborado com o objetivo de minimizar os riscos relacionados aos fenômenos climáticos e permite a cada município identificar a melhor época de plantio das culturas, nos diferentes tipos de solo e ciclos de cultivares", de acordo com o ministério.
Balbino Evangelista é analista de pesquisa da Embrapa no Tocantins, trabalha com geoprocessamento e coordena o zoneamento das duas principais culturas agrícolas no estado. Segundo ele, "o zoneamento agrícola de risco climático é considerado uma ferramenta dinâmica porque resulta da obtenção, análise e sistematização de um conjunto de dados e informações de clima, solos e características das culturas, que devem ser continuamente ampliadas e aperfeiçoadas.
Esses dados são obtidos ora por meio da pesquisa, que gera conhecimento sobre as relações entre as culturas com as diferentes características físicas e hídricas dos solos, e dos diferentes ambientes climáticos; ainda, frequentemente são lançados novos cultivares adaptados aos diferentes ambientes/regiões. Dessas interações (solo - clima - planta), resultam e determinam o potencial de produção das lavouras, bem como dos riscos de perdas de rendimento devido a eventos climáticos extremos (deficiência hídrica e temperaturas elevadas, no Tocantins).
Na reunião, aconteceu a validação do zoneamento discutido. Além de profissionais da Embrapa, especialistas em agrometeorologia e em sistemas de produção de soja e de milho, participaram representantes da Secretaria do Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro), da Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SFA) – ligada ao ministério – no Tocantins, da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Tocantins (Adapec), do Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do Tocantins (Ruraltins), da Universidade Federal do Tocantins (UFT), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), da Cooperativa Agroindustrial do Tocantins (Coapa) e consultores especialistas nas duas culturas. Segundo Balbino, eles "colaboraram apontando as coerências e incoerências dos resultados apresentados pelo estudo (épocas de plantio com baixos riscos) e o conhecimento que têm sobre as lavouras e condições ambientais e climáticas do estado".
Agora, após a validação, o estudo será novamente avaliado e, caso haja necessidade, ajustes serão feitos. Finalizado, o zoneamento agrícola de risco climático para a soja e o milho no Tocantins será enviado ao ministério para que seja publicado e passe a valer.
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