Café: Após alta pela manhã, Bolsa de Nova York volta a cair nesta tarde de 3ª com pressão do câmbio
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com leve queda nesta tarde de terça-feira (13) e estendem as perdas registradas nas últimas três sessões. Após se aproximar do patamar de US$ 1,60 por libra-peso na semana passada, o mercado passou a cair atento às informações sobre os altos estoques nos países importadores do grão e também repercutiu o câmbio e realizou ajustes técnicos.
Por volta das 12h17, o contrato dezembro/16 registrava 149,95 cents/lb com 95 pontos de baixa, o março/17 tinha 153,30 cents/lb com 80 pontos de desvalorização. Já o vencimento maio/17 estava cotado a 155,15 cents/lb com 85 pontos de desvalorização e o julho/17, mais distante, anotava 156,90 cents/lb com 85 pontos negativos.
Pela manhã, os futuros do arábica subiam cerca de 50 pontos no terminal externo com recompras de fundos sendo registradas no mercado. No entanto, o tom negativo voltou ao mercado com o dólar subindo mais de 1% ante o real, o que impacta diretamente nas exportações, e com os operadores ainda repercutindo as indicações de que os estoques nos países importadores estão altos. Além disso, o mercado continua realizando ajustes técnicos.
"Embora os níveis de estoques nos países produtores estejam próximos das mínimas históricas, os níveis de estoques nos países consumidores estão altos o suficiente para suprimir os preços diante das perspectivas de produção aquém das expectativas", disse o analista do Société Générale, Rajesh Singla, ao site internacional Agrimoney.
Às 11h, a moeda norte-americana subia 1,26%, vendida a R$ 3,2902, com investidores à espera do pacote do governo que deve prever leilões para concessões na área de infraestrutura, transporte e saneamento, além da privatização de ativos. O dólar mais alto em relação ao real tende a encorajar as exportações da commodity, mas pressiona os preços do grão.
No mercado físico brasileiro seguem lentos os negócios com café apesar dos preços esboçarem reação nos últimos dias. "No lado interno, a semana começa com preços sustentados e poucos negócios. O quadro climático em algumas regiões produtoras continua a complicar a vida do negócio café e isso vem inibindo o aumento da liquidez interna.", explicou ontem (12) Marcus Magalhães.
Na segunda-feira (12), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 496,81 e queda de 0,47%.
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