Clima refletiu em perda de arrecadação ao Estado e perda aos produtores, diz Imea
O clima foi o principal fator que comprometeu a safra de milho 2015/2016. De acordo com o estudo “Impactos Econômicos da quebra de safra de milho em Mato Grosso”, comparando à safra anterior (2014/2015), a redução da produção é de 26,21%.
Encomendado pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), o levantamento indica que em 2014/15 foram produzidas 26,20 milhões de toneladas do grão. Enquanto isso, a última estimativa da safra 2015/2016 é de 19,33 milhões de toneladas, o que gerou uma queda do Valor Bruto da Produção de R$ 274,35 milhões de reais.
O reflexo desta queda na produção de milho não foi sentido apenas pelo produtor rural, mas também pelo Estado.
Como analisa o coordenador da Comissão de Política Agrícola da Aprosoja, Emerson Zancanaro, diante da inexistência de produto a ser transportado, houve uma possível perda de arrecadação de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de R$ 272,75 milhões, segundo o Imea.
“É importante destacar que essa queda de arrecadação apura apenas o ICMS de transporte que seria pago pelos produtores. Em anos em que os produtores têm boas produtividades, o Estado e toda a sociedade de beneficiam disso, porque o setor arrecada mais impostos e gera mais negócios na cidade”, explica Zancanaro
Conforme o gerente de Política Agrícola da Aprosoja, Frederico Azevedo, a perda de renda do produtor tem impacto direto na economia do Estado.
“Neste ano, infelizmente, o diagnóstico é de perda de renda pelo produtor e pelo Estado, seja de forma direta, pelo ICMS de transporte, seja pela redução dos negócios que ocorrem diretamente na cidade. Deve-se considerar, ainda, que estudos do IMEA indicam que o PIB do Estado de Mato Grosso está intimamente ligado ao agronegócio e decorre diretamente de 50,5% do agronegócio”, explica.
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