Soja na Bolsa de Chicago ainda aguarda por novas informações e atua com estabilidade nesta 5ª
O mercado internacional da soja, que começou o dia operando com boas altas na Bolsa de Chicago, passou a perder um pouco de seu fôlego e atuar com estabilidade no início da tarde desta quinta-feira (8). As posições mais negociadas entre os futuros da oleaginosa perdiam, por volta de 12h20 (horário de Brasília), entre 0,25 e 4 pontos. Assim, o novembro/16 - que na máxima do pregão, até o momento, chegou aos US$ 9,83 por bushel - era cotado a US$ 9,73.
As cotações registraram bons ganhos por cinco sessões consecutivas na CBOT, se aproximaram das máximas em duas e agora passam, como explicam analistas, por um movimento de correção e realização de lucros, devolvendo parte dessas últimas altas.
Enquanto isso, os fundamentos também ainda não apresentam mudanças ou novidades fortes que pudessem movimentar os negócios de forma mais expressiva. A espera agora é pelo novo boletim mensal de oferta e demanda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz na segunda-feira, 12 de setembro.
Embora os traders aguardem um elevado potencial da nova safra americana, ainda apostam na força da demanda e na possibilidade, segundo explica o analista de mercado do internacional Farm Futures, Bob Burgdorfer, de um corte nos estoques do país. Ontem, o departamento informou novas vendas de soja em grãos de mais de 400 mil toneladas.
Dessa forma, até que cheguem os dados atualizados, a movimentação do dólar é acompanhada de perto - já que vem, nos últimos dias, recuando de forma expressiva e dando suporte aos preços não só da oleaginosa, mas de todas as principais commodities. No Brasil, a divisa recuava, perto de 13h, 0,50% e era cotada a R$ 3,19.
Ao mesmo tempo, se acompanha ainda a conclusão da safra americana e as condições de clima que contará para isso. Ainda de acordo com analistas internacionais, o excesso de chuvas em algumas regiões, neste momento, poderiam preocupar os agricultores norte-americanos diante da necessidade de avanço da colheita no país. Mapas climáticos para os próximos sete dias indicam, no período, chuvas de até 152 mm no leste do Kansas e no Missouri, e alguns volumes mais modestos para Iowa e Illinois.
Mercado Nacional
A pouca movimentação de Chicago e mais o dólar em baixa impedem, mais uma vez, uma recuperação expressiva dos preços da soja no mercado brasileiro. Ainda assim, no porto de Rio Grande, nesta quinta-feira, a tentativa era de alta entre as referências do disponível e do produto da nova safra. Ainda no início da tarde, as altas respectivas eram de 0,38% e 1,32%, para R$ 78,30 e R$ 77,00 por saca.
Os patamares seguem mostrando-se nada atrativos para estimular uma volta dos produtores de volta às vendas, o que mantém os negócios ainda limitados e de pouca expressão neste momento. Segundo Vlamir Brandalizze, consultor da Brandalizze Consulting, os negócios permanecem escassos mesmo chances de valores na casa dos R$ 80,00 por saca.
0 comentário
Bom volume de chuvas ajudou desenvolvimento da soja em Nova Xavantina/MT com expectativa acima de 60 sc/ha
Mato Grosso do Sul passa por mais de 30 dias de estiagem nas lavouras de soja
Colheita da soja começa no Paraná com atenção ao clima
Colheita da soja começa com problemas no Paraná e Mato Grosso do Sul
Soja tem variações limitadas em Chicago nesta 4ª feira, mas ainda muito atento ao clima na AMS
Agrodefesa leva orientações sobre sanidade vegetal para a Expedição Safra Goiás