Soja: Na Bolsa de Chicago, preços iniciam sessão desta 3ª feira com ligeiras movimentações
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros da soja iniciaram a sessão desta terça-feira (30) com ligeiras perdas, próximos da estabilidade. Por volta das 8h27 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam quedas entre 0,75 e 1,75 pontos. O contrato setembro/16 era cotado a US$ 9,81 por bushel, enquanto o novembro/16 trabalhava a US$ 9,62 por bushel. Já o março/17 era negociado a US$ 9,67 por bushel.
O mercado dá continuidade ao movimento negativo registrado no dia anterior. Apesar das notícias do lado da demanda, a perspectiva de uma grande safra de soja nos Estados Unidos nesta temporada continua a pressionar as cotações da oleaginosa. Os números oficiais apontam para uma produção próxima de 110,5 milhões de toneladas, porém, números recentes de tour realizado no Meio-Oeste do país projeta uma safra de 111,39 milhões de toneladas.
Ainda ontem, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou seu novo boletim semanal de acompanhamento de safras. O órgão elevou em 1% o índice de lavouras em boas ou excelentes condições, para 73%. Em torno de 20% das plantações apresentam condições regulares e 7% continuam em condições ruins ou muito ruins. Os dados são referentes até o último domingo (28).
O departamento ainda informou que, em cerca de 94% das lavouras estão em formação de vagens. Na semana anterior, o índice estava em 89% e a média dos últimos anos é de 92%.
Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira:
Soja: Em Chicago, mercado tem dia técnico e encerra pregão desta 2ª feira próximo da estabilidade
A sessão desta segunda-feira (29) foi negativa aos preços futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). Ao longo do dia, as principais posições da commodity até esboçaram uma reação, porém, o movimento não foi sustentado e as cotações fecharam o dia com quedas entre 2,25 e 7,50 pontos. O contrato setembro/16 era cotado a US$ 9,83 por bushel e o novembro/16 encerrou o pregão a US$ 9,64 por bushel.
De acordo com o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, os preços trabalharam de maneira técnica nesse início de semana. "Em alguns momentos, os preços até testaram uma reação, mas não têm suporte devido às boas condições da safra americana. E, no caso do vencimento setembro/16, tivemos um recuo maior devido à rolagem de posições", afirma.
Ainda na última semana, o Crop Tour Pro Farmer, renomado tour que acontece anualmente no Meio-Oeste do país, estimou a produção de soja em 111,39 milhões de toneladas nesta temporada. O número ficou acima do reportado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) em seu último boletim de oferta e demanda, de 110,5 milhões de toneladas.
E, segundo o NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país -, as temperaturas deverão ficar acima da média no período de 6 a 12 de setembro. No mesmo período, as chuvas também deverão ficar acima da normalidade em grande parte do Meio-Oeste americano.
Além disso, o consultor ainda destaca que o mercado ainda reflete o discurso da chair do Federal Reserve (banco central americano), Janet Yellen, feito na última sexta-feira. Na semana anterior, a representante da instituição ponderou que, a hipótese de aumento de juros nos EUA tem ganhado força.
Do lado da demanda, as notícias têm aparecido, porém, não foram suficientes para impulsionar as cotações. Ainda nesta segunda-feira, o USDA reportou a venda de 393 mil toneladas de soja para destinos desconhecidos. O volume negociado deverá ser entregue na temporada 2016/17.
Já os embarques ficaram em 921,137 mil toneladas do grão na semana encerrada no dia 25 de agosto. Na semana anterior, o número ficou em 945,594 mil toneladas e os investidores esperavam algo entre 600 mil toneladas e 1 milhão de toneladas. No acumulado na temporada, os embarques somam 50.303,681 milhões de toneladas.
Mercado interno
No mercado interno, as cotações apresentaram leve oscilações nesse início de semana, conforme levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas. Em Jataí (GO), a saca da oleaginosa subiu 2,31% e encerrou o dia a R$ 66,50 a saca. Em contrapartida, em São Gabriel do Oeste (MS), a queda foi de 1,37%, com a saca a R$ 72,00. Na região de Panambi (RS), a queda foi de 0,76%, com a saca da soja a R$ 70,50.
No Paraná, as praças de Ubiratã e Londrina, apresentaram desvalorização de 0,73%, com a saca a R$ 68,00. Nos portos brasileiros, as cotações também cederam nesta segunda-feira. Em Paranaguá, o valor disponível caiu 1,22%, com a saca da soja a R$ 81,00. O valor futuro permaneceu estável em R$ 78,00 a saca. No terminal de Rio Grande, a cotação disponível ficou em R$ 79,50 a saca, com recuo de 0,63%. O preço futuro registrou queda de 1,14%, com a saca a R$ 78,10.
"A semana começa com poucos negócios para a soja. E os compradores estão tentando forçar os preços para baixo, para patamares entre R$ 81,00 a R$ 81,50 a saca. Da safra nova, a comercialização está parada", explica Brandalizze.
Ainda hoje, o Cepea informou que, "valores da soja em grão voltaram a cair na última semana, influenciados pela baixa liquidez e por expectativas de safra volumosa nos Estados Unidos. E os agricultores brasileiros estão atentos ao clima, temendo atraso nas chuvas em setembro. Caso o clima se mantenha seco, o cultivo de soja pode atrasar".
Dólar
A moeda norte-americana encerrou a segunda-feira (29) a R$ 3,2323 na venda, com queda de 1,21%. A sessão foi marcada pelo baixo volume de negócios, segundo a agência Reuters. Isso porque, os investidores ainda aguardam os dados de emprego nos Estados Unidos no fim da semana e do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.
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