Chuvas regulares previstas apenas para o último bimestre do ano podem atrasar plantio da safra de verão em boa parte do país
Com a presença de um sistema de alta pressão em boa parte do país, o climatologista Luiz Carlos Molion recomenda que o período do plantio da safra de verão seja postergado para o final de novembro, de modo a aproveitar melhor o período de chuvas e não ter perdas na semeadura.
De acordo com o climatologista, a estação chuvosa deve atrasar, sendo que as primeiras chuvas firmes cheguem a partir da terceira semana de novembro, com chuvas regulares ou acima da média em dezembro e uma probabilidade de veranico antecipado em janeiro. “Quem for fazer safrinha está bem servido, mas o produtor precisa tomar cuidado porque nós estamos vindo de um período crítico”, aponta Molion.
No Sul do país, principalmente nos estados de Rio Grande do Sul e Santa Catarina e no sul e sudoeste do Paraná, a situação deve ser um pouco diferente. Como estas regiões não sofrem com sistema de alta pressão e encontram bons níveis de umidade no solo, a maior atenção deve ser concentrada em um risco de geada tardia. A temperatura abaixo da média pode atrapalhar alguns cultivos como o milho, mas o risco de plantio é menor do que nas regiões atingidas.
Segundo Molion, o norte do Paraná, o Sudeste, o Centro-Oeste e os estados de Maranhão, Piauí e Amazonas são as regiões atingidas pelo sistema de alta pressão, com umidade relativa do ar muito baixa.
Algumas regiões, no entanto, devem ficar de olho nas condições climáticas, que podem se alterar. A expectativa também pela chegada do La Niña, que em comparação com os números de 1998 deve durar até três anos, deve trazer algumas mudanças para o cenário.
O climatologista ainda recomenda que alguns produtores irriguem e represem água, no entanto, ele lembra que em alguns estados, como Minas Gerais, esta é uma situação dificultada por multas às construções de barragens.
“O produtor rural deve ter paciência e esperar a estação chuvosa se formar”, aconselha Molion. “Se cair uma ou outra chuva [antes da terceira semana de novembro], esta deverá ser localizada”.
1 comentário
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Leandro Cunha Candiotto Tangará da Serra - MT
Professor Molion, primeiramente peço desculpas pela critica, mas como o senhor pode criticar os modelos numéricos, alegando que os mesmos são imprecisos para o periodo posterior a 3 dias, e, na mesma entrevista, afirmar que teremos La Niña pelos proximos 3 anos???? confuso...
CONFUSO IGUAL AO LA NIÑA QUE "IRIA" COMPROMETER A SAFRA AMERICANA, PREVISÕES SÃO MEROS MORTAIS QUERENDO ADVINHAR O CLIMA