Café: Bolsa de Nova York sobe mais de 200 pts nesta 6ª feira com suporte do câmbio e clima no Brasil
O mercado do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) avança cerca 200 pontos nesta tarde de sexta-feira (26) e dá sequência aos ganhos registrados na sessão anterior. Os operadores externos seguem atentos ao clima no cinturão produtivo do Brasil, mas também repercutem o câmbio. O dólar recua após o discurso da presidente do Fed, Banco Central dos Estados Unidos. Com esse novo avanço, os preços externos do grão já estão próximos de US$ 1,50 por libra-peso.
Por volta das 12h27, o contrato setembro/16 registrava 143,50 cents/lb com 135 pontos de alta, o dezembro/16 tinha 146,65 cents/lb com 220 pontos de avanço. Já o vencimento março/17 estava cotado a 149,80 cents/lb também com 220 pontos de valorização e o maio/17 anotava 151,65 cents/lb com 215 pontos de valorização.
Os operadores no terminal externo estão atentos ao clima no cinturão produtivo do Brasil e as floradas que já apareceram em algumas localidades. Há o temor de que caso as chuvas não continuem, as floradas possam sofrer abortamento, comprometendo o potencial produtivo das lavouras na safra 2017/18.
Após o clima mais quente e seco nos últimos dias, as chuvas devem voltar às áreas produtoras de café nos próximos dias com uma frente fria que avança pelo Centro e Sul do Brasil. No entanto, os acumulados devem oscilar entre 10 e 20 milímetros.
Estimativa da Safras & Mercado, divulgada na quinta-feira (25), aponta que a colheita brasileira estava em 91% até dia 23 de agosto. Com a previsão de produção de 54,9 milhões de sacas de 60 kg no Brasil da consultoria nesta temporada, é apontado que já foram colhidas 50,06 milhões de sacas. Os trabalhos evoluíram 5% em relação à semana anterior.
Além das questões fundamentais, o mercado também repercute o câmbio, que impacta diretamente nas exportações da commodity. Às 12h10, a moeda norte-americana caía 0,91%, vendida a R$ 3,2023, repercutindo o discurso da presidente do Fed (Federal Reserve), Janet Yellen, que aumentou a expectativa de aumento nos juros do Estados Unidos. O dólar mais baixo em relação ao real desencoraja os embarques do grão, mas tende a fazer os preços subirem.
Já no mercado interno, o cenário é o mesmo. "O setor produtivo continua arredio a conversas mercadológicas e isso vem inviabilizando o aumento da liquidez na maior parte das regiões produtoras valendo a reflexão de que este comportamento não tem tido força para mudar os preços de patamar", explicou ontem (25) o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.
Na quinta-feira (25), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 481,09 com alta de 1,95%.
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