Movimento de alta na soja em Chicago deve continuar e mercado pode atingir as máximas do outono americano até final de agosto

Publicado em 22/08/2016 18:29
Oportunidade de venda para o produtor que ainda não participou e pretende proteger ao menos parte da produção; aproveite as altas diárias e vá se posicionando

Os participantes do mercado da soja aguardavam que os últimos números do USDA, com registro de produção acima de 110 milhões de toneladas para a soja e 384 milhões para o milho americano, poderia trazer impacto negativo para os preços. No entanto, Chicago reage, mesmo com a produção recorde.

De acordo com Fernando Muraro, analista de mercado da AgRural, o ritmo da demanda no mercado deu o tom ao aumento dos preços, uma vez que com o preço baixo, os compradores, em especial a China, importaram volumes expressivos durante a semana o que, consequentemente, diminuiu a oferta. “É importante lembrar também que os números expressivos da safra ainda não estão nos armazéns”, destaca.

O mercado possui fôlego para continuar subindo, segundo o analista. A sazonalidade indica que quando o mercado cai muito no mês de julho, a tendência é que ele caminhe para um movimento positivo.

Nas próximas semanas, até o final de agosto, o mercado deve atingir seu pico de alta, as máximas do outono americano e por isso, os produtores devem ficar atentos às oportunidades de negócio.

Safra EUA

Os números apontam que as lavouras de milho estão em sua melhor condição nos últimos 22 anos. Com o aumento de 1% na última semana, cerca de 75% do milho estão de bom para excelente condições de desenvolvimento

“A condição das lavouras em 2016 em terras americanas está muito superior aos anos anteriores. Eles não tiveram temperaturas muito altas e as condições de lavouras estão melhorando semana a semana”, destaca o analista.

Para a soja, as lavouras boas e excelentes estão em 72%, o que faz com que essa seja a melhor condição das lavouras em 24 anos.

Ambas as condições estão consolidadas, a não ser que algum problema climático atípico atinja os Estados Unidos.

A relação de estoque/consumo da soja é de 8;2%, a maior nos últimos oito anos.

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Por:
Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte:
Notícias Agrícolas

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