Café: Em ajustes, Bolsa de Nova York estende perdas da sessão anterior nesta manhã de 6ª feira

Publicado em 12/08/2016 09:44

Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com queda próxima de 50 pontos nesta manhã de sexta-feira (12) e estendem as perdas registradas na sessão anterior. Com essa nova baixa, o vencimento setembro /16 já está mais próximo do patamar de US$ 1,40 por libra-peso. O mercado segue realizando ajustes técnicos, mas também continua atento à safra 2016/17 do Brasil.

Por volta das 09h41, o contrato setembro/16 registrava 137,05 cents/lb com 65 pontos de baixa, o dezembro/16 tinha 140,55 cents/lb com 60 pontos de recuo. Já o vencimento março/17 estava cotado a 143,90 cents/lb com 50 pontos de desvalorização, enquanto o maio/17 anotava 145,70 cents/lb com 60 pontos de negativos.

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Veja como fechou o mercado na quinta-feira:

Café: Bolsa de Nova York recua cerca de 100 pts nesta 5ª feira, mas continua próxima de US$ 1,40/lb

Nesta quinta-feira (11), as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam com queda próxima de 100 pontos e estenderam as perdas da sessão anterior. Ainda assim, os principais vencimentos continuam próximos do patamar de US$ 1,40 por libra-peso. O mercado sentiu a pressão do câmbio, mas também repercutiu as informações sobre a safra 2016/17 do Brasil.

O contrato setembro/16 fechou o pregão de hoje cotado a 137,70 cents/lb com queda de 95 pontos, o dezembro/16 teve 141,15 cents/lb com 120 pontos de baixa. Já o vencimento o março/17 registrou 144,40 cents/lb e o maio/17, mais distante, anotou 146,30 cents/lb, ambos com 115 pontos de desvalorização.

Na sessão anterior, ajustes técnicos também foram registrados no mercado. Com isso, o vencimento setembro/16 perdeu o patamar de US$ 1,40/lb. No pregão desta quinta, no entanto, o câmbio foi o principal fator de pressão para os preços do arábica no terminal externo.

Após ter fechado em queda ontem pela sétima sessão seguida, o dólar comercial fechou o dia com alta de 0,25%, cotado a R$ 3,1400 na venda em meio às atuações do Banco Central no mercado. O dólar mais alto em relação ao real tende a dar maior competitividade às exportações da commodity e os preços externos da variedade recuam.

De acordo Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil), as exportações do país em julho totalizaram 1,91 milhões de sacas. O volume representa uma queda de 37% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram embarcadas 2,55 milhões de sacas.

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Apesar da baixa, tecnicamente, segundo o analista João Santaella, os preços externos têm demonstrado firmeza. "O contrato dezembro/16 continua mostrando um range entre suporte a 140,00 cents/lb e resistência a 150,00 cents/lb. Com isso, acredito que amanhã as cotações ficando acima de 142,00 cents/lb podem voltar para 146,00 cents/lb e 150,00 cents/lb", explica.

De acordo com informações de agências internacionais, o avanço da colheita no Brasil e uma possível revisão em estimativas para o país também atuam como fator de pressão para os preços externos. Estimativa da Safras & Mercado aponta que a colheita brasileira até dia 10 de agosto estava em 81%. Tomando por base a última estimativa da consultoria, de 54,9 milhões de sacas de 60 kg, já foram colhidas 44,26 milhões de sacas.

Segundo o analista da Safras & Mercado, Gil Carlos Barabach, o clima mais favorável ajudou no bom ritmo da colheita. No robusta, os trabalhos já foram concluídos e os resultados das lavouras de arábica têm melhorado e surpreendido positivamente em termos de produtividade.

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Leilões da Conab

A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) colocou à venda nesta quinta-feira 66,4 mil sacas de 60 kg de café arábica através de leilões nas modalidades viva-voz, cartela e mista. Do volume total ofertado pela autarquia nos avisos 118/2016, 119/2016 e 120/2016, 75% foi arrematado. Os preços de venda do grão, dependendo do lote, variaram entre R$ 426,60 e R$ 481,75 a saca.

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Mercado interno

Apesar do avanço nos trabalhos de colheita no campo, os negócios nas praças de comercialização do Brasil seguem lentos. O produtor brasileiro ciente da realidade de incerteza em relação à oferta do grão no mercado nos próximos meses aguarda por melhores patamares.

O presidente da Cooxupé, Carlos Paulino, afirmou à Reuters na segunda-feira (8), durante evento em São Paulo, que os produtores da Cooperativa têm relutado em vender o produto abaixo do nível de R$ 500,00 a R$ 510,00 a saca, mas o ritmo de comercialização é "normal".

O tipo cereja descascado fechou o dia com maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 585,00 a saca e queda de 0,85%. A maior variação no dia ocorreu em Varginha (MG) com baixa de 1,89% e saca a R$ 520,00.

O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Franca (SP) com R$ 510,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Varginha (MG) com queda de 1,00% e saca a R$ 495,00.

O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Araguari (MG) com R$ 510,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia em Oeste da Bahia (MG) com queda de 3,55% e saca a R$ 475,00.

Na quarta-feira (10), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 471,52 com queda de 0,94%.

Bolsa de Londres

A Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, para o café robusta fechou o pregão desta quinta-feira em baixa. O contrato setembro/16 anotou US$ 1808,00 por tonelada com queda de US$ 10, o novembro/16 teve US$ 1841,00 por tonelada com baixa de US$ 7 e o janeiro/17 anotou US$ 1860,00 por tonelada com desvalorização de US$ 7.

Na quarta-feira (10), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 421,91 com alta de 0,16%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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