Café: Bolsa de Nova York recua cerca de 150 pts nesta 4ª feira, mas mantém patamar de US$ 1,40/lb
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com queda próxima de 150 pontos nesta tarde de quarta-feira (10), mas continuam sustentadas no patamar de US$ 1,40 por libra-peso. O mercado realiza ajustes técnicos após fechar praticamente estável na véspera, mas também continua atento ao câmbio.
Por volta das 12h07, o contrato setembro/16 registrava 139,75 cents/lb, o dezembro/16 tinha 143,40 cents/lb e o março/17 estava cotado a 146,60 cents/lb, ambos com queda de 135 pontos. Já o vencimento maio/17, mais distante, operava com 148,55 cents/lb com 130 pontos de desvalorização.
De acordo com o analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães, apesar do recuo nas cotações externas do arábica nesta quarta-feira, o mercado trabalha praticamente lateralizado e sem indicar tendência. Na sessão anterior, os preços futuros do grão na ICE fecharam próximos da estabilidade.
O câmbio não exerce tanta influência sobre o mercado na sessão de hoje. No entanto, os operadores seguem atentos uma vez que as oscilações do dólar impactam diretamente nas exportações da commodity. Às 11h20, a moeda norte-americana caía 0,26%, vendida a R$ 3,1328.
Informações de agências internacionais também dão conta que as cotações do arábica na Bolsa de Nova York são influenciadas pelo avanço da colheita no Brasil e a melhora na qualidade dos cafés que chegam às praças de comercialização. "Os compradores observam que a safra de café do Brasil está avançando bem e com um grande volume antecipado", reporta a Reuters.
Segundo estimativa da Safras & Mercado divulgada na quinta-feira (4), a colheita brasileira 2016/17 foi indicada em 76% até 2 de agosto, uma evolução de 6% em relação à semana anterior. É apontado que já foram colhidas 41,47 milhões de sacas.
Apesar do avanço nos trabalhos de colheita no Brasil, os produtores brasileiros seguem reticentes à venda. O presidente da Cooxupé (Cooperativa Regional dos Cafeicultores de Guaxupé) afirmou à Reuters na segunda-feira (8), durante evento em São Paulo, que os produtores da Cooperativa têm relutado em vender o produto abaixo do nível de R$ 500,00 a R$ 510,00 a saca, mas o ritmo de comercialização é "normal".
Na terça-feira (9), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 476,01 com queda de 1,59%.
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miguel moura abdalla piraju - SP
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