Diante do bom desenvolvimento da safra norte-americana, milho amplia perdas na CBOT nesta 3ª feira
Ao longo do pregão desta terça-feira (2), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) dão continuidade ao movimento negativo. As principais posições do cereal registravam perdas entre 1,00 e 3,50 pontos, por volta das 12h29 (horário de Brasília). O contrato setembro/16 era cotado a US$ 3,22 por bushel, enquanto o dezembro/16 era negociado a US$ 3,32 por bushel.
Diante do bom desenvolvimento da safra 2016/17 nos Estados Unidos, os preços permanecem mais baixos. Ainda no final da tarde de ontem, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) manteve em 76% o percentual de lavouras em boas ou excelentes condições. O índice ficou acima das apostas dos investidores, que esperavam um recuo entre 1% a 2%. Em igual período de 2015, o número estava em 70%.
O índice de plantações na fase de formação de espigas está em 91% frente aos 79% da semana anterior e contra 87% do mesmo período de 2015. Consequentemente, a perspectiva é favorável à temporada e a projeção é que os produtores americanos colham uma safra acima de 369 milhões de toneladas.
Além disso, o site internacional Agrimoney reforça que as perspectivas para a safra não são decorrentes apenas das condições das lavouras até o momento, mas também da perspectiva reduzida de um possível problema climático. Segundo o NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país - no período de 9 a 15 de agosto, o Meio-Oeste ainda deverá registrar temperaturas elevadas, porém, também há previsões de chuvas no mesmo período.
"Agora todo o Corn Belt deve ver precipitações acima do normal minimizando os efeitos do calor", reportou o site.
BM&F Bovespa
As cotações futuras do milho negociadas na BM&F Bovespa operam com forte queda nesta terça-feira. Por volta das 12h59 (horário de Brasília), os principais contratos da commodity recuavam entre 2,20% e 2,63%. O setembro/16, referência para a safrinha, era cotado a R$ 46,55 a saca e o novembro a R$ 47,70 a saca.
Além da influência de Chicago, o mercado também sente a pressão da queda do dólar. Às 13 horas, a moeda norte-americana recuava mais de 0,58%, cotada a R$ 3,2531 na venda. Segundo o site G1, o movimento é decorrente da recuperação dos preços de commodities e em linha com a baixa global da moeda depois do anúncio de novos estímulos fiscais no Japão.
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