Com previsão de clima mais favorável nos EUA, milho amplia perda ao longo desta 6ª feira em Chicago
Durante o pregão desta sexta-feira (22), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) ampliaram as perdas. Por volta das 12h14 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam desvalorizações entre 2,50 e 3,25 pontos. O vencimento setembro/16 era cotado a US$ 3,31 por bushel, já o dezembro/16 era negociado a US$ 3,37 por bushel. O maio/17 trabalhava com queda de 3 pontos, a US$ 3,53 por bushel.
De acordo com informações da Labhoro Corretora, as cotações da commodity permanecem sendo influenciadas pelas previsões climáticas mais favoráveis ao cinturão produtor norte-americano. Nos próximos 7 dias, o NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país - aponta para chuvas melhores para todo o Meio-Oeste, Sudeste e Delta, com volumes acumulados entre 30 mm a 50 mm.
As temperaturas ainda continuam acima da média, porém, deverão retornar à normalidade a partir do início da próxima semana. Já a projeção mais alongada do serviço, entre 29 de julho a 4 de agosto, reportada nesta sexta-feira indica chuvas dentro da normalidade em grande parte do país. No mesmo período, as temperaturas deverão ficar um pouco acima da média, conforme o indicado nos mapas abaixo.
Temperaturas previstas nos EUA entre os dias 29 de julho a 4 de agosto - Fonte: NOAA
Chuvas previstas nos EUA entre os dias 29 de julho a 4 de agosto - Fonte: NOAA
"As temperaturas mais altas no Meio-Oeste não são ideais para a saúde das plantas. Mas em torno de 76% das lavouras apresentam boas ou excelentes condições. E as chuvas registradas na semana anterior podem minimizar o estresse das plantações no curto prazo", disse Benson Quinn Commodities, em entrevista ao Agrimoney.
"Para o milho, as condições climáticas são boas para a maioria das áreas, como a cultura está a atravessar os dias finais de sua fase crítica de desenvolvimento, ou seja, a polinização", reportou Ami Heesch, no CHS Hedging.
Caso o clima seja favorável, a perspectiva é que sejam colhidas 369 milhões de toneladas, com produtividade média ao redor de 177,8 sacas por hectare, conforme projeções do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). "Se alcançarmos esse rendimento, poderemos ver o dezembro/16 a US$ 3,20 por bushel. Com produtividade próxima de 179,92 sacas por hectare, poderemos ver um preço ainda mais baixo, de US$ 3,00 por bushel", reforça Ami Heesch.
BM&F Bovespa
As cotações futuras do milho negociadas na BM& Bovespa operam do lado negativo da tabela nesta sexta-feira (22). As principais posições do cereal exibiam perdas entre 0,10% e 0,52%, perto das 12h20 (horário de Brasília). O vencimento setembro/16, referência para a safrinha, era cotado a R$ 46,79 a saca, com perda de 0,34%. Apenas o março/17 exibia leve alta de 0,22%, cotado a R$ 45,60 a saca.
O mercado ainda acompanha a movimentação dos preços da commodity em Chicago e também registra ajustes após os ganhos registrados no dia anterior. No Brasil, os analistas ainda acompanham a colheita da segunda safra. E, segundo os analistas, a retração vendedora por parte dos produtores reduziu a oferta em algumas praças, o que consequentemente voltou a impulsionar os preços.
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