Em Juazeiro (BA), produtores realizam a colheita da manga tommy e o quilo é cotado entre R$ 0,90 e R$ 1,00
A região Nordeste tem se consolidado como uma grande produtora de frutas. Na região de Juazeiro, no estado da Bahia, os produtores estão em plena colheita da manga. Na localidade, a fruta é colhida ao ano inteiro e destinada ao abastecimento do mercado interno e internacional. Neste ano, com menor volume de chuvas, os produtores têm colhido um pouco menor, ao redor de 25 toneladas da fruta por hectare.
O consultor e produtor rural da região, Rogério Martins, reforça que as variedades mais cultivadas na localidade são a Tommy Atkins e a Palmer. “E diante das dificuldades com o clima, temos implementado algumas tecnologias de cultivo, manejo de plantas, podas, reguladores de crescimento, bioestimulantes e hormônios para garantir a produtividade e a produção ao longo do ano”, afirma.
Em relação à qualidade das frutas, o produtor ainda destaca que a avaliação é positiva. “Como também buscamos o mercado de exportação trabalhamos bastante em relação à qualidade das frutas. Temos boas características como textura, polpa, coloração e também há a parte de residual de agrotóxico. E o menor volume de chuvas, a incidência de doenças foi mais baixo”, explica.
Os pequenos e médios produtores concentram suas produções no primeiro semestre e destinam às frutas para o mercado interno. Entre as praças mais fortes estão os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e a região Sul do país. “Mas também enviamos a produção para Belo Horizonte e Brasília, é um mercado muito pulverizado”, pondera Martins.
Paralelamente, a produção nordestina também é direcionada aos países da Europa ao longo de todo o ano. E nesse período, de agosto, setembro e outubro, um grande volume de fruta é destinado aos Estados Unidos. Somente o ano passado, os embarques totalizaram pouco mais de 300 mil toneladas aos norte-americanos.
“Às vezes atrasamos ou adiantamos essa janela de exportação em decorrência da oferta de outros países, como México e Equador. E total embarcado, cerca de 90% é da variedade Tommy Atkins”, destaca Martins.
Preços
Atualmente, o quilo pago ao produtor gira em torno de R$ 0,90 a R$ 1,00 da manga Tommy Atkins. O quilo da Palmer é cotado a R$ 1,50. “São valores que dão margem aos produtores. Mas a exportação paga 20% a mais do valor praticado no mercado interno. É importante destacar também que há dois meses, os produtores estavam recebendo até R$ 4,50 o quilo da Tommy Atkins devido à oferta menor”, finaliza Martins.
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