Suíno Vivo: Cotações fecham estáveis nesta 4ª feira; São Paulo registra negócios acima da referência
As cotações para o suíno vivo tiveram um novo dia de estabilidade nesta quarta-feira (20). Nos últimos dias, algumas das principais praças de comercialização tiveram ligeira melhora na referência de negócios, após semanas de pressão nas cotações. Porém, o cenário ainda é de incerteza, visto que em muitas regiões as margens estão negativas com os altos custos de produção.
Em São Paulo, a referência da semana ficou definida entre R$ 66 a R$ 68/@ – o equivalente a 3,52/kg a R$ 3,62/kg. Porém, os custos de produção na praça estão em torno de R$ 80/@, segundo informações da APCS (Associação Paulista de Criadores de Suínos).
Para o presidente da APCS, Valdomiro Ferreira, o mercado deve se reequilibrar nos próximos dias, visto que as negociações até o momento estão ocorrendo dentro da referência e inclusive acima. Em São José do Rio Pardo (SP) foram comercializados 40 animais a R$ 70/@, enquanto que em São José dos Campos (SP) a venda foi de R$ 120 suínos a R$ 68/@.
Já em Santa Catarina, produtores independentes trabalham com referência de R$ 3,10 pelo quilo do vivo, enquanto que os custos estão em R$ 4,00/kg. Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o presidente da ACCS (Associação Catarinense dos Criadores de Suínos), Losivânio de Lorenzi, explica que a produção deve ser reduzida com produtores abandonando a atividade.
Há meses o setor trabalha com margens negativas e não há perspectivas de mudanças no curto prazo. “Está muito desproporcional o valor recebido ao que estamos gastando hoje", lamenta o presidente.
» Assista a entrevista completa com o presidente da ACCS, Losivânio de Lorenzi
Para o analista da Safras & Mercado, Allan Maia, o cenário deve se manter em relação aos custos de produção, visto que a quebra da safrinha de milho deve manter os patamares elevados. “A situação não deve mudar no curto prazo e o fato do milho ter começado a subir novamente traz uma quadro de apreensão ao setor produtivo”, explica.
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