Suíno Vivo: Após semanas de quedas de preços, São Paulo e Rio Grande do Sul registram alta nesta 2ª feira
Nesta segunda-feira (18), o mercado de suíno vivo registrou ligeira alta de preços, após semanas de cotações negativas. No Rio Grande do Sul e em São Paulo houve valorização de preços, apesar de o cenário ainda ser de preocupação. Nas demais regiões, a referência de negócios para a semana não foi definida.
A pesquisa semanal de preços da ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul) aponta que a média de preços fechou em R$ 3,45/kg aos independentes. Na última semana este valor estava R$ 3,43/kg. Aos integrados a média continua em R$ 2,85/kg.
Já os valores médios para os insumos tiveram ligeira alta. A saca de milho de 60 quilos está cotada em R$ 47,00, enquanto que na última pesquisa a cotação era de R$ 45,00 no estado. A tonelada de farelo de soja está cotada em média em R$ 1.400,00.
Em São Paulo, a bolsa de suínos do estado definiu referência entre R$ 66 a R$ 68/@ – o equivalente a 3,52/kg a R$ 3,62/kg. A última definição estava entre R$ 64 a R$ 66/@, com grande parte das negociações ocorrendo acima deste valor – segundo informações da APCS (Associação Paulista dos Criadores de Suínos).
Apesar das ligeiras melhoras de preço, o cenário ainda é preocupante aos suinocultores, que trabalham com margens apertadas. Dados divulgados pela Embrapa Suínos e Aves nesta semana apontam que em junho houve uma nova alta nos gastos das granjas.
Com isso, o ICPSuíno/Embrapa atingiu 253,74 pontos, o que representa uma alta de 7,38% em relação a maio e 22,65% no acumulado do ano. A nutrição aparece como o principal fator de alta, com 7,13% apenas para estes insumos.
Para o analista da Safras & Mercado, Allan Maia, a situação é motivo de apreensão para o setor, que há meses vem enfrentando dificuldades. “A situação não deve mudar no curto prazo e o fato do milho ter começado a subir novamente traz uma quadro de apreensão ao setor produtivo”, lamenta.
Exportações
Nesta segunda-feira o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou dados parciais de embarques para o mês de julho de carne de suína in natura. Em 11 dias úteis foram exportados 31,3 mil toneladas, com média diária de 2,8 mil toneladas.
Comparando o volume diário de junho houve um aumento de 17,3%, enquanto que em relação ao ano passado o acréscimo é de 19,1%. Em receita, os embarques somam US$ 65,1 milhões, com o valor por tonelada em US$ 2.081,4.
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