Senado concede aposentadoria a Aloizio Mercadante (na VEJA)
O Senado concedeu aposentadoria proporcional ao ex-senador petista Aloizio Mercadante. Ele receberá 15 400 reais mensais.
Mercadante tem 62 anos e foi senador pelo estado de São Paulo de 2003 a 2011.
(Atualização – A assessoria de Mercadante entrou em contato com o Radar e disse que ele também computou seu tempo como professor e deputado federal para obter a aposentadoria).
Boulos quer esquerdas nas ruas em 31 de julho, mesmo dia de protesto pró-impeachment
Na condição de defensor do impeachment de Dilma, de critico severo das esquerdas, de apoiador de uma agenda liberal, de entusiasta das privatizações, quero aqui fazer um agradecimento público a Guilherme Boulos, o chefão do MTST.
Mais do que isso! Anuncio: “Estamos juntos, companheiro! Conto com você para levar às ruas milhares de pessoas que pensam como eu. Sem a inestimável colaboração das esquerdas e sua contribuição milionária — ou melhor: bilionária — para todos os erros, não teríamos ido tão longe. Não fossem vocês, é pouco provável que conseguíssemos nos livrar de Eduardo Cunha e Dilma Rousseff a um só tempo”.
Por que isso tudo? Já explico. Antes, algumas considerações.
Grupos que fizeram a defesa do impeachment de Dilma — como MBL (Movimento Brasil Livre), Vem Pra Rua e Nas Ruas — marcaram um protesto, que eu diria propositivo, para o dia 31 de julho, que é, como de hábito com gente ocupada, um domingo.
Chamo de protesto propositivo porque, com efeito, estarão nas ruas para reforçar o seu apoio ao impeachment, mas também para apresentar reivindicações ao governo Temer. O MBL quer, entre outras coisas, que o Planalto encampe a defesa do fim do foro especial por prerrogativa de função — tese que não aprovo, diga-se —, a privatização dos Correios e da Petrobras e a expulsão da Venezuela do Mercosul. Apoio e aplaudo.
O Vem Pra Rua vai marchar em defesa da Lava Jato e em apoio às 10 Medidas Contra a Corrupção propostas pelo Ministério Público — noto: algumas são boas; outras são fascistoides. Mas não entro agora no mérito das minhas divergências com os movimentos.
O fato é que eles são, sim, defensores do impeachment e de sua legalidade e legitimidade. Vão às ruas para deixar claro ao Senado que estão vigilantes — afinal, sabem que não é tarefa trivial conquistar ali pelos menos 54 votos —, mas também cobrar avanços na agenda que saiu vitoriosa nas ruas — já que Dilma destruiu aquela que venceu nas urnas.
É claro que as ruas estão um tantinho frias, não é? Vivemos um mês de férias escolares. Poucos acreditam que Dilma possa voltar, e o governo Temer, dada a sua natureza, não é do tipo estridente, que convoca manifestações passionais — nem contrárias, é bom notar.
Eu estava até um pouco temeroso, sabem?, de que a manifestação pudesse ser meio acanhada, a despeito do esforço valoroso desses grupos. Mas tudo mudou.
Fico sabendo que Gilherme Boulos e seus amiguinhos de esquerda decidiram, ora vejam!, do alto de sua conhecida irresponsabilidade, convocar uma manifestação para o mesmo dia 31. Lembrando seus tempos de burguesinho birrento, preferido das tias, Boulos raciocina:
“Ninguém é dono da rua. Nós temos direito de manifestação e vamos exercê-lo. Espero que a polícia nos trate da mesma forma que trata a turma de verde e amarelo na Paulista”.
É uma provocação barata. A manifestação dos movimentos pró-impeachment está marcada há mais de um mês. O Senado julgará Dilma no fim de agosto. Se Boulos agora decidiu dar tarefa a seus desocupados também num domingo — as esquerdas costumam protestar só em dias úteis, para infernizar a vida de terceiros —, há outros a escolher no calendário.
É claro que coisas assim são desaconselháveis. O protesto contra Dilma e em favor de uma pauta para o governo Temer está marcado para a Paulista. As esquerdas pretendem se encontrar no Largo da Batata, subir a Rebouças e descer a Consolação, passando a poucos metros de distância de sus antípodas. Mais: é grande a chance de grupos de um lado e de outro cruzarem suas bandeiras em ônibus e metrôs.
Esquerdistas são treinados em arruaça e em confronto. A conversa mole de Lula de que se deve abordar um “coxinha”, como ele disse, com carinho é pura ironia troglodita. Ele sabe que as coisas não funcionam desse modo. Se os militantes de Boulos não obtiverem autorização para subir a Rebouças e descer a Consolação, as forças de segurança do Estado estarão apenas cumprindo o seu dever. São Paulo não é o gramado do Congresso.
Mas esperem: este era e continua a ser um texto de agradecimento a Boulos. Faltava um elemento a mais que pudesse dar ânimo aos militantes pró-impeachment. Agora já temos. Esse rapaz vem nos lembrar de que “os urubus continuam passeando entre os girassóis”. E que é mais necessário do que nunca combatê-los e vencê-los.
Dentro da lei e em ordem. Uma defesa que eles, obviamente, não podem fazer porque isso é coisa de coxinha. Felizmente!
Ah, sim: Kim Kataguiri, um dos coordenadores do MBL, explica à Folha a natureza do dia 31: “Nossas manifestações, de nenhuma maneira, foram uma espécie de ‘Vai lá, Temer, tome o poder’. O Temer é uma consequência constitucional [do processo de impeachment]. O ato será para pressionar por reforma”.
É isso. Sem pressão, amiguinhos, não acontece nada!
Congresso aprova PL que pode gerar despesas de quase R$100 milhões
O Congresso aprovou em plenário o projeto de lei nº 38/2016 que autoriza a lotação dos servidores da antiga Controladoria-Geral da União, atual Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle, no Departamento Nacional de Saúde, garantindo aos servidores de lá as mesmas atribuições que analistas financeiros. O documento vai agora para sanção do presidente.
O processo pode ser judicializado à medida que os analistas desempenharem as mesmas atribuições dos servidores lotados no departamento de Saúde. O pedido de equiparação salarial por equivalência de atividades pode gerar um impacto financeiro estimado em 95 400 000 de reais.
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O PL é polêmico, pois elimina uma etapa de controle dos gastos, na medida que retira alguma autonomia do SUS.
Lula critica PF e MPF durante sua viagem pelo Nordeste (REINALDO AZEVEDO)
O ex-presidente disse que, se alguém do MP ou da PF quiser mudar a República, "é melhor deixar o cargo e se candidatar a deputado ou senador e fazer política"
A viagem por busca de apoio popular a Dilma que o ex-presidente Lula fez pelo Nordeste terminou ontem à noite em Recife, capital pernambucana. Em discurso inflamado a militantes petistas, pessoas ligadas a sindicatos e membros dos ditos movimentos sociais, Lula criticou duramente a atuação do Ministério Público Federal e da Polícia Federal na Operação Lava Jato. Segundo ele, se alguém do MP ou da PF quiser mudar a República, “é melhor deixar o cargo e se candidatar a deputado ou senador e fazer política”. O ex-presidente voltou a falar em criminalização do PT. Na avaliação dele, essa tendência é uma represália de outros políticos, pois foi seu partido o maior responsável pelas investigações de corrupção no país. Abre aspas: “Foi o PT quem tirou o tapete que encobria a corrupção nesse país. Foi o PT que investiu na Polícia Federal. Foi no governo do PT que o presidente deixou de escolher o procurador-geral da República, dando autonomia. É isso que eles não aceitam”.
Sempre falando a plateias simpáticas e militantes, Lula estava em viagem desde segunda-feira e visitou Juazeiro, na Bahia, e Petrolina, Carpina, Caruaru e Recife, em Pernambuco.
Durante seus discursos, abusou do populismo e da tática de jogar o Nordeste contra o resto do país:
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Resultado da votação derruba mitos como “Super-Cunha” e “Centrão”
Já escrevi aqui que o grande eleitor de Rodrigo Maia (DEM-RJ) se chama Eduardo Cunha. A votação surpreendente que ele obteve foi, parece evidente, uma manifestação de repúdio ao deputado peemedebista. As coisas passaram do limite. E, como se nota, a sua influência na Câmara, hoje, é muito menor do que se pensava.
Há muito tenho insistido aqui que ele não passa de um cadáver adiado da política. E, é bem provável, de um presidiário adiado também. Os 285 votos obtidos por Maia, fiquem certos, são 285 votos contra Cunha. Para cassá-lo, são necessários 257.
Mas parece que outra, vamos dizer, “entidade” igualmente cara ao jornalismo, e odiada, pode entrar na categoria de “mito”: o tal “Centrão”, aquela gente terrível que tudo controlaria. Na contabilidade da imprensa, eram pelo menos 217 deputados. Pois é… Rogério Rosso, o dito nome do “Centrão”, obteve apenas 170 votos. Considerando que parlamentares que não pertencem a tal suposto grupo também votaram nele, temos de concluir que ou a turma se desfez ou ela é mais fama do que proveito.
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Eis mais uma razão por que não acredito que a disputa deixará sequelas na base de apoio do governo, que atuou de modo correto no certame, evitando tentar passar o rolo compressor para apoiar este ou aquele nomes. Com uma simpatia inicial — e não mais do que isso — pela candidatura de Rosso —, o Planalto percebeu a ascensão de Rodrigo Maia, ancorado, inicialmente, no seu próprio partido, o DEM, e no PSDB, com apoio do PPS. Quando o PSB decidiu se juntar, sua passagem para o segundo turno estava assegurada.
Maia já tinha mantido conversações com as esquerdas. Ou, para ser mais exato, PT e PCdoB, partido saudado por ele no primeiro discurso como presidente eleito, na figura de Aldo Rebelo. A proximidade foi vista com suspeição pelo Planalto. Até porque ela contava com as bênçãos de Lula. Mas setores da própria esquerda estrilaram.
Foi então que o petismo tirou Marcelo Castro (PMDB-PI) da cartola. Obteve 70 votos, parte deles, é evidente, despejada depois na candidatura de Maia, que continuou a se apresentar como o homem do diálogo. Na entrevista que concedeu depois de eleito, voltou a se referir aos esquerdistas da Casa: “Sem a esquerda, eu não venceria essa eleição e, por isso, batiam tanto nos votos que a esquerda ia me dar. Todos nós, juntos, temos condições de construir uma agenda de consenso, onde o diálogo possa prevalecer, aprovando em conjunto medidas para o Brasil”.
O discurso é bonito, mas não sei o que significa na prática. Quem “batiam” nos votos que a esquerda lhe daria? Eu, por exemplo, bati no seu entendimento com o PT ainda na disputa do primeiro turno, o que continuo a achar uma sandice. No segundo, os critérios, obviamente, são outros.
É claro que não existe “agenda de consenso” como um norte a ser perseguido. Certos temas podem entrar nessa categoria; a maioria deles, no entanto, não. Querem ver? A renegociação da dívida dos Estados tende a juntar todo mundo, com um descontente ou outro episódicos. Mas não a reforma da Previdência ou o projeto que permite que a Petrobras não participe, se ela não puder, da exploração do pré-sal.
Um presidente da Câmara tem um imenso poder sobre o que entra ou não em votação. As esquerdas farão o diabo para tentar impedir o governo de levar adiante uma agenda de caráter, vamos dizer, liberalizante. O fato de muitos de seus representantes terem votado em Maia — para, afinal, derrotar aquele que julgavam ser o candidato de Cunha — não os torna doutores em democracia.
Esse negócio de agenda de consenso é conversa que serve para o discurso da vitória. De verdade mesmo, não quer dizer nada. Até porque será preciso enfrentar as esquerdas também nas ruas quando chegar a hora de bola ou bule, de isso ou aquilo, de sim ou não a reformas que são essenciais para o país.
E, como sabemos, as esquerdas ora saudadas por Maia atrapalham muito.
1 comentário
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dejair minotti jaboticabal - SP
O QUE ESTE SAPO BARBUDO ESTA FAZENDO FORA DA JAULA??!!,.. VENHA FAZER UM DISCURSO DESTE NO SEU BERÇO, SÃO BERNARDO..., SERIA O PRATO SAPO EM OMELETE, POIS OVOS NA SUA CARA NÃO FALTARÃO... PONHAM ESTE FARSANTE LOGO NA CADEIA... DEIXE DE ENGANAR OS NORDESTINOS, SEU CABRA DA PESTE.
Não tinha que aposentar esse vagabundo de forma alguma, minha mãe tem 60 anos, trabalhou igual um homem o tempo todo na zona rural de sol a sol , com as mãos e braços tudo arrebentados , desvio na coluna , bico de papagaio, esporão, joelho estourado, e até hoje não conseguiu aposentar, os vagabundos do INSS, disse que ela nunca contribuiu, durante todos seus 50 anos de trabalho, e esse vagabundo não fez nada , só roubou, aposenta com 15.400,00, tem base isso, é o Brasil...
He! He! (risos). Sr. Wellington, só retificando a sua informação, pois o valor de R$ 15.400,00, não é exato. Veja o que foi veiculado no Diário do Poder: APOSENTADORIA ALOPRADA
O presidente do Senado, Renan Calheiros, garantiu ao ex-ministro da Casa Civil de Dilma e ex-senador pelo PT-SP, Aloizio Mercadante, uma ótima boquinha pós-governo. Foi dada a Mercadante aposentadoria de senador: 16/35 dos subsídios ou R$18,8 mil por mês pelo resto da vida.
Obrigado sr Rensi por ter me atualizado nesses dados, fico estarrecido de tantas maracutaias que esses políticos malandros inventam cada dia, é um número diferente do outro é tanto dinheiro que eles se perdem dentro de tantas notas de 100, e minha pobre velhinha com 60 anos , nem se quer sabe o dia do seu aposento, fica só sonhando!!!
Enquanto estivermos correndo atras das maracutaias, demonstra que a porteira está aberta para que elas continuem a serem realizadas. O que acha de começarmos a discutir em "FECHAR AS PORTEIRAS"... Um exemplo tipico é essa situação atual do país, estão trocando os artistas, mas as regras para se fazer o filme se mantem... Como podemos esperar mudanças? ... Lá na frente vamos voltar a dizer: ESSA NOVELA EU JÁ VI !!!