Em Chicago, investidores se posicionam para o boletim do USDA e milho volta a operar em campo negativo
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho inverteram os ganhos e voltaram a trabalhar do lado negativo da tabela no pregão desta segunda-feira (11). As principais posições da commodity exibiam perdas entre 4,25 e 5 pontos, por volta das 12h20 (horário de Brasília). O contrato julho/16 era cotado a US$ 3,45 por bushel, já o março/17 era negociado a US$ 3,65 por bushel.
De acordo com informações reportadas pelos sites internacionais, os investidores seguem de olho no comportamento climático nos Estados Unidos. Novos mapas indicam um clima mais quente e seco no final deste mês, o que aumenta as preocupações sobre um padrão climático La Niña, que pode comprometer o desenvolvimento das plantações.
E, no caso do milho, as preocupações em relação ao clima são mais intensas nesse momento, já que as lavouras estão em fase de polinização, uma das mais importantes para a cultura. Até a semana anterior, em torno de 75% das lavouras apresentam condições boas e excelentes, conforme boletim de acompanhamento de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Os números serão atualizados no final da tarde de hoje.
Segundo dados reportados pelo NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país - no período de 18 a 24 de julho, grande parte do Meio-Oeste dos EUA deverá registrar temperaturas bem acima da média. Já as chuvas, deverão ficar abaixo da normalidade no mesmo período.
Ainda assim, os investidores ainda se preparam para o novo reporte de oferta e demanda do USDA. Ao contrário do que foi divulgado mais cedo, as informações serão reportadas nesta terça-feira (12). E deve influenciar o andamento das negociações ao longo do dia.
No caso dos embarques semanais, o número ficou em 1.357,903 milhão de toneladas na semana encerrada no dia 7 de julho. O número ficou acima do divulgado na semana anterior, de 1.194,824 milhão de toneladas. Até o momento, os embarques de milho já totalizam 36.416,882 milhões de toneladas, contra as 37.923,448 milhões de toneladas registradas no mesmo período do ano anterior.
BM&F Bovespa
Na BM&F Bovespa, as cotações futuras do milho também trabalham do lado negativo da tabela. As principais posições do cereal exibiam perdas entre 0,32% e 2,00%, por volta das 12h06 (horário de Brasília). O contrato julho/16 era cotado a R$ 42,50 a saca, já o setembro/16, referência para a safrinha brasileira, era negociado a R$ 43,55 a saca, com perda de 1,36%.
O mercado voltou a cair após as altas acentuadas registradas no final da semana anterior e motivadas pela redução na safrinha brasileira. Ainda na última quinta-feira, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) estimou a segunda safra de milho em 43 milhões de toneladas. O número surpreendeu o mercado e impulsionou as cotações da commodity.
Além disso, a queda registrada no mercado internacional também influencia o andamento das negociações na bolsa brasileira. Já o dólar, tem leve alta neste início de semana, cotado a R$ 3,294 na venda, com ganho de 0,09%.
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