Fazendeiro é preso acusado de trabalho escravo em lavoura de café no Sul de Minas
Um fazendeiro suspeito de manter trabalhadores em condições análogas a escravidão foi preso na quinta-feira (7) em Machado, no Sul de Minas. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), o produtor é dono de uma fazenda dedicada ao cultivo de café.
Segundo o órgão, ele pagava entre R$ 40 a R$ 150 mensais para os trabalhadores, que viviam em alojamentos precários e com alimentação insuficiente. Além disso, os empregados tinham dívidas com o fazendeiro.
O MPF disse, ainda, que o preso fornecia bebida alcoólica para os trabalhadores, inclusive durante o horário de serviço. Um dos funcionários foi encontrado embriagado, com dificuldade de andar e falar, às 9h30.
Além do MPF, o Ministério Público do Trabalho, a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal também participaram operação.
Leia a notícia na íntegra no site do jornal Hoje em Dia.
NOTA: Auditores localizam 16 trabalhadores em condições análogas à escravidão
Auditores fiscais da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Minas Gerais localizaram 16 trabalhadores rurais em condições análogas à escravidão no interior do município de Conceição de Aparecida, sul de Minas Gerais.
De acordo com o auditor fiscal do Trabalho, Marco Aurélio Tiburzio, a equipe de quatro auditores iniciou a operação na terça-feira (5) na Fazenda Palmeiras, para apurar denúncias de infrações trabalhistas.
Na fazenda os trabalhadores eram submetidos a condições degradantes, na colheita do café. Entre eles dois menores também foram encontrados.
Segundo o auditor “os empregados estavam alojados em instalações precárias e submetidos ao consumo de água não potável, retirada diretamente de um rio da propriedade”.
Além disso, o empregador não providenciou o registro na carteira de trabalho dos empregados e efetuava o pagamento por produção, sem garantia de pagamento do salário mínimo.
Os safristas contratados no município de Berilo, norte de Minas, foram levados pelos auditores para um hotel em Conceição de Aparecida.
Os fiscais do Ministério do Trabalho estão concluindo a operação, estabelecendo o pagamento de verbas indenizatórias aos trabalhadores e a aplicação de auto de infração contra o empregador.
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