Milho: Em meio ao clima favorável nos EUA, preços mantêm tom negativo no pregão desta 4ª feira na CBOT

Publicado em 06/07/2016 13:02

As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) dão continuidade às perdas durante o pregão desta quarta-feira (6). As principais posições do cereal recuam pelo 2º dia seguido e, por volta das 12h23 (horário de Brasília) exibiam desvalorizações entre 9,00 e 9,75 pontos. O vencimento julho/16 era cotado a US$ 3,34 por bushel, já o março/17 era negociado a US$ 3,58 por bushel. De acordo com informações das agências internacionais, as cotações trabalham nas mínimas dos últimos dois anos.

E o principal fator de pressão sobre os preços da commodity é o clima nos Estados Unidos. Isso porque, além das chuvas observadas ao longo do final de semana prolongado, os mapas ainda indicam precipitações para os próximos dias no Meio-Oeste, o que deve contribuir para a melhora da umidade no solo.

Ainda ontem, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou novo boletim de acompanhamento de safras. O órgão manteve em 75% o índice de lavouras em boas ou excelentes condições. 20% das plantações continuam com condição regular e 5% apresentam condições ruins ou muito ruins. O órgão ainda informou que 15% das plantações do cereal estão em fase de espigamento. Na semana anterior, o índice era de 6% e no mesmo período de 2015, o número era de 10%.

Os analistas reforçam que no caso do milho as informações do comportamento do clima tem um peso maior, pois as lavouras entram em fase de polinização. Na semana anterior, o USDA apontou a área plantada com o cereal em mais de 38 milhões de hectares nesta temporada, o que pode resultar em uma safra de mais de 370 milhões de toneladas, caso não ocorra problemas climáticos.

"Não acabou o risco de problema com o clima na safra dos EUA, estamos no período de mercado climático, conhecido por grande volatilidade. Se voltarmos a ter indicações de tempo seco, os preços podem recuperar parte das perdas", disse Glauco Monte, analista de mercado da FCStone.

Paralelamente, as informações vindas do mercado financeiro também estão no radar dos investidores. "Novas preocupações surgiram sobre o impacto da Brexit - decisão do Reino Unido em deixar a União Europeia - sobre a economia global", disse Bob Burgdorfer, analista e editor do portal internacional Farm Futures.

Nesta terça-feira, o Banco da Inglaterra anunciou a liberação de créditos para empresas e pessoas físicas para ajudar a economia a enfrentar a incerteza sobre a saída do país da Zona do Euro. Diante desse cenário, os fundos, mais cautelosos, liquidam suas posições compradas, o que contribui para pressionar as cotações das commodities, conforme ponderam os especialistas.

BM&F Bovespa

Enquanto isso, na BM&F Bovespa, as cotações futuras do milho trabalham com ligeiras movimentações, próximas da estabilidade nesta quarta-feira (6). Por volta das 12h34 (horário de Brasília), os principais vencimentos apresentavam leves ganhos entre 0,07% e 0,10%. O contrato setembro/16, referência para a safrinha, era cotado a R$ 40,50 a saca. Já o novembro/16 exibia leve perda, de 0,09%, negociado a R$ 43,76 a saca.

Apesar da queda em Chicago, o mercado também observa o comportamento do dólar. Por volta das 12h49 (horário de Brasília), a moeda era cotada a R$ 3,3224 na venda, com valorização de 0,67%. Segundo o G1, o câmbio acompanha os mercados externos e depois do Banco Central brasileiro anunciar mais uma intervenção para tentar impulsionar as cotações do dólar.

Paralelamente, os participantes do mercado ainda acompanham a evolução da colheita da segunda safra no Brasil. Aos poucos, os produtores brasileiros têm evoluído com os trabalhos nos campos. Porém, ainda há incertezas em relação ao real tamanho da safrinha. As projeções oficiais indicam uma safra ao redor de 49 milhões de toneladas para essa temporada.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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