Café: Bolsa de NY avança mais de 300 pts nesta manhã de 3ª feira e vencimentos ficam próximos de US$ 1,40/lb
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) voltaram a ficar do lado azul da tabela nesta manhã de terça-feira (28) em ajustes técnicos, após fecharem em baixa por duas sessões consecutivas acompanhando o cenário macroeconômico com a decisão de saída do Reino Unido da União Europeia. Com essa nova alta de mais de 300 pontos, os principais vencimentos já voltam a ficar mais próximos do patamar de US$ 1,40 por libra-peso.
Por volta das 09h25, o contrato julho/16 registrava 137,55 cents/lb com 305 pontos de alta, o setembro/16 tinha 139,55 cents/lb com 350 pontos positivos. Já o vencimento dezembro/16 anotava 142,25 cents/lb com 330 pontos de valorização, enquanto o março/17 tinha 144,75 cents/lb com 310 pontos positivos.
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Veja como fechou o mercado na segunda-feira:
Café: Cotações do arábica perdem patamar de US$ 1,40/lb nesta 2ª em NY com incertezas no cenário macroeconômico
Nesta segunda-feira (27), as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam com queda próxima de 100 pontos e estenderam as perdas iniciadas na sessão anterior – de mais de 500 pontos –. O mercado ainda repercute as incertezas no cenário macroeconômico com a decisão da saída do Reino Unido da União Europeia. Com essa nova baixa, os preços externos ficaram mais distantes do patamar de USS$ 1,40 por libra-peso, conquistado na semana passada.
O vencimento julho/16 encerrou a sessão de hoje cotado a 134,50 cents/lb com alta de 15 pontos, o setembro/16 teve 136,05 cents/lb com 110 pontos de baixa. Já o contrato dezembro/16 anotou 138,95 cents/lb com 95 pontos de recuo, enquanto o março/17 registrou 141,65 cents/lb e 85 pontos negativos.
Para o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, a queda nas bolsas de café nesta segunda-feira foi, de certa forma, até previsível. No entanto, ajustes para cima também podem ser vistos. "As baixas estão em alinhamento ao cenário macroeconômico, mas o sentimento geral que pairou no ar durante as operações é de que o mercado poderá buscar forças no quadro fundamental", afirma.
Em seu relatório semanal, o diretor de commodities do Banco Société Générale, Rodrigo Costa explicou que "para as commodities o efeito [saída do Reino Unido da União Europeia] pode ser negativo não apenas ocasionado pela valorização do dólar, mas também em função de riscos deflacionários que podem vir de carona caso o Reino Unido tenha uma recessão e arraste alguns de seus vizinhos para o buraco".
O dólar comercial avançou 0,44% nesta segunda-feira, cotado a R$ 3,3946 na venda repercutindo as incertezas na economia global depois da saído do Reino Unido da UE. Com o dólar mais alto em relação ao real, as exportações da commodity tendem a ganhar competitividade e os preços externos recuam.
Após fortes chuvas nos últimos dias, principalmente no início do mês, o clima volta a ficar mais seco nesta semana no cinturão produtivo de café e deve ajudar no avanço da colheita. Ainda assim, segundo a Somar Meteorologia, podem ocorrer chuvas fracas e dispersas sobre a zona da mata de Minas Gerais, Espírito Santo e Sul da Bahia.
A consultoria Safras & Mercado reportou na última quinta-feira (23) que a colheita de café do Brasil estava em 41% até 21 de junho. Levando em conta a estimativa de 56,4 milhões de sacas de 60 kg da consultoria para o Brasil, foram colhidas 23,24 milhões de sacas. Os trabalhos tiveram avanço de 7% em relação à semana anterior. A colheita está ligeiramente atrasada em relação a igual período do ano passado, quando 42% dos cafezais já estavam com trabalho concluído.
Segundo o presidente da Cooxupé, Carlos Paulino, as chuvas nas últimas semanas devem resultar em grãos de menor qualidade nesta safra. No entanto, quantitativamente, as perdas não foram expressivas. "A única certeza que tivemos com essas chuvas é que elas vão impactar a renda do produtor", diz. O café de varrição, já seco e que caiu com as chuvas, tem valor de mercado bem menor que o cereja descascado, por exemplo.
Dados divulgados pela Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé), a maior cooperativa do mundo, na última terça-feira (21), apontam que seus cooperados haviam colhido, até dia 17 de julho, 19,33% das lavouras, ante 11,32% no mesmo período do ano passado.
Mercado interno
Apesar do avanço dos trabalhos da safra 2016/17, os negócios com café seguem lentos nas praças de comercialização do Brasil. "Foi mais um dia lento. A colheita do arábica avança, mas não existe liquidez proporcional aos trabalhos nem ao momento vivido. No conilon, os trabalhos estão se encerrando mas também sem volume ofertado", explica Marcus Magalhães.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje nas cidades de Espírito Santo do Pinhal (SP) e Guaxupé (MG) com R$ 550,00 a saca, preço estável na primeira e alta de 0,92% na segunda. A maior oscilação no dia foi registrada em Varginha (MG) com queda de 2,78% e saca a R$ 525,00.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 558,00 a saca e alta de 0,90%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Franca (SP) com queda de 1,92% e saca a R$ 510,00.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Araguari (MG) com R$ 515,00 a saca – estável. A maior variação no dia ocorreu em Franca (SP) com queda de 1,96% e saca a R$ 500,00.
Na sexta-feira (24), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 487,75 com queda de 1,79%.
Bolsa de Londres
A Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fechou a sessão desta segunda-feira praticamente estável. O contrato julho/16 anotou US$ 1641,00 por tonelada e queda de US$ 2, o setembro/16 teve US$ 1667,00 por tonelada com recuo de US$ 2 e o novembro/16 anotou US$ 1685,00 por tonelada com desvalorização de US$ 1.
Na sexta-feira (24), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 392,47 com recuo de 0,71%.
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