Endividados e com perdas na última safra, produtores de arroz do RS alertam para risco de desabastecimento em 2017
Embora os preços do arroz venham batendo recorde neste ano, os produtores tiveram que pagar caro pela alta. Atrasos no plantio e na colheita do grão provocaram grandes perdas devido às chuvas em excesso, elevando o preço do grão.
A estimativa de perda no Estado é de aproximadamente 25% da safra, segundo dados do IRGA (Instituto Rio Grandense do Arroz). Assim, mesmo que o indicado Cepea/Senar (RS) tenha atingido R$ 47,00 a saca poucos orizicultores conseguiram aproveitar esse patamar, elevando o endividamento no estado.
De acordo com o presidente do sindicato rural de Tapes, Juarez Petry de Souza, "no Rio Grande do Sul temos 65% da área plantada que não tem mais acesso ao crédito rural".
O presidente destaca ainda que os produtores, fora das linhas de crédito oficial, acabam buscando financiamento através de indústrias, com juros mais altos e prazos menores. "Houve uma liquidação desses financiamentos bancários no período que o produto estava falando de R$ 37,00 a R$ 41,00 a saca".
"Temos o temor de que esse alto endividamento reflita em uma nova redução de área com risco de desabastecimento", acrescenta Souza.
Na semana anterior foi divulgado que o Conselho Monetário Nacional (CMN) se reúne, no próximo dia 30, para deliberar sobre o plano de ajuda, que envolverá a prorrogação dos custeios e investimentos.
Pelo acordo com os ministérios da Agricultura e da Fazenda, os produtores prejudicados por problemas climáticos na última safra terão cinco anos para pagar as parcelas de custeio e um ano a mais para quitar as de investimento – com juro de 8,75% ao ano.
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