Café: Bolsa de Nova York segue tensão dos mercados globais após saída do Reino Unido da UE e recua mais de 500 pts nesta 6ª
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) recuam mais de 500 pontos nesta tarde de sexta-feira (24) repercutindo as incertezas na economia mundial após a decisão do Reino Unido, decidida em votação histórica no país, de deixar a União Europeia. Essa decisão mexeu bastante com os mercados globais.
A Bolsa de Tóquio caiu quase 8%. Nos Estados Unidos, as bolsas recuam mais de 2% e praticamente todas as commodities também registram perdas. Em Nova York, o petróleo cai mais de 4% e o açúcar, 2%. Em Chicago, o mercado de grãos reage à decisão dos ingleses também com baixas próximas de 2%.
Após subir mais de 200 pontos na véspera, o café arábica na ICE, às 12h20, perdia pouco mais de 500 pontos nos principais vencimentos. O contrato julho/16 anotava 134,70 cents/lb com 455 pontos de queda, o setembro/16 anotava 137,50 cents/lb com 540 pontos de baixa. Já os lotes com entre mais para dezembro/16 registravam 140,35 cents/lb com 520 pontos negativos e o março/17 tinha 142,95 cents/lb com 510 pontos de desvalorização.
Também acompanhando a decisão do Reino Unido, o dólar comercial no Brasil chegou a esboçar alta de mais de 2% e superou R$ 3,40. No entanto, o bom humor no cenário político interno reduziu ganhos do mercado. Às 12h, a moeda norte-americana subia 0,70%, vendida a R$ 3,3679. O dólar mais alto em relação ao real dá maior competitividade às exportações da commodity e isso tende a fazer com que os preços externos da commodity recuem.
Na sessão anterior, as cotações do café arábica na ICE subiram mais de 200 pontos com recompras de fundos sendo registradas e os operadores atentos à volta das chuvas no cinturão produtivo do Brasil e ao câmbio. De acordo com dados da Somar Meteorologia, durante toda a quinta-feira trovoadas e chuvas dispersas atingiram áreas produtoras de São Paulo e Sul de Minas Gerais.
Nas praças de comercialização do Brasil, os negócios com café seguem lentos com os preços aquém das expectativas e os produtores atentos à colheita da safra 2016/17. Na quinta-feira (23), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 496,64 com alta de 1,48%.
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