Avicultores do PR devem fazer registro de aviários de corte
Preocupados com a possibilidade da ocorrência da gripe aviária, especialmente com a proximidade dos Jogos Olímpicos , que trarão pessoas de diversos países ao Brasil, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) faz novo alerta aos avicultores paranaenses para que façam o registro dos aviários de corte nas unidades locais da agência, conforme instrução normativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A intenção é aumentar a biosseguridade das propriedades e diminuir os riscos de introdução de doenças na avicultura industrial.
“A doença é causada por vírus, atinge humanos e aves e é muito perigosa pelo seu fácil contágio e difícil controle”, destaca o gerente de Saúde Animal da Adapar, Rafael Gonçalves Dias. Nas aves, a doença é devastadora, provoca lesões sérias no sistema respiratório, digestivo, nervoso e reprodutivo.
O Brasil é um dos principais produtores de frango do mundo e não tem registro da gripe aviária em seu território. Porém, existe risco da introdução da doença, por exemplo, pela importação de material genético e também porque o país é rota de aves migratórias. “Outro fator preocupante é a concentração de aviários em algumas regiões do estado, o que dificultaria o controle de um eventual foco da doença”, avalia Dias.
O crescimento e modernização da indústria avícola têm exigido mais atenção em relação a saúde dos plantéis. O Brasil exporta para mais de 150 países e o Paraná é o maior produtor nacional, respondendo por 35% da exportação brasileira. No entanto, com aproximadamente 23 mil aviários no estado, cerca de 70% estão sem o certificado de registro. Para sensibilizar os avicultores a cumprirem as normas, a Adapar adotou algumas medidas para desburocratizar o processo e espera que o índice de adesão aumente nos próximos meses.
Para fazer o registro o produtor tem que adequar seu aviário às normas de biosseguridade, que orienta para a instalação de composteiras, telas de proteção adequada, local de enterro de aves mortas e análise da água. “São medidas que exigem algum investimento, mas que representam pouco diante dos prejuízos que uma doença pode causar”, comenta.
Leia a notícia na íntegra no site Gazeta do Povo.
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