Café: Bolsa de Nova York opera com alta próxima de 100 pts e estende ganhos da véspera nesta 5ª
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com alta próxima de 100 pontos nesta manhã de quinta-feira (16) e estendem os ganhos da sessão. Na sessão de hoje, o mercado realiza ajustes técnicos, mas também continua atento ao clima no país, maior produtor e exportador da commodity. Os vencimentos mais distantes já se aproximam do patamar de US$ 1,45 por libra-peso.
Desde ontem alguns agentes no terminal externo passaram a refletir indicações de chuvas nos próximos dias, que poderiam mais uma vez atrapalhar a colheita brasileira. No entanto, segundo o analista da Price Futures Group, Jack Scoville, "as temperaturas devem ficar um pouco mais quentes nos próximos dias e parece que o risco de perda adicional para o café passou".
Por volta das 09h18, o vencimento julho/16 anotava 139,70 cents/lb com alta de 150 pontos, o setembro/16 tinha 141,65 cents/lb com 155 pontos de avanço. Já o contrato dezembro/16 registrava 144,15 cents/lb com 145 pontos de valorização, já o março/16 operava com 146,70 cents/lb com 155 pontos positivos.
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Veja como fechou o mercado na quarta-feira:
Café: Em ajustes, Bolsa de Nova York avança mais de 300 pts nesta 4ª feira e vencimentos voltam a US$ 1,40/lb
Após recuarem cerca de 200 pontos na véspera, as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) devolveram na sessão desta quarta-feira (15) todas as perdas ao avançar cerca de 300 pontos nos principais vencimentos. O mercado volta a ser influenciado mais por fatores técnicos depois de repercutir as condições climáticas adversas no cinturão produtivo nos últimos dias, inclusive, com geada em algumas localidades.
O vencimento julho/16 encerrou o pregão de hoje cotado a 138,20 cents/lb com alta de 310 pontos, o setembro/16 teve 140,10 cents/lb com 305 pontos de avanço. Já o contrato dezembro/16 fechou a 142,70 cents/lb com 295 pontos positivos, enquanto o março/17, mais distante, anotou 145,15 cents/lb com 285 pontos de valorização.
No início da sessão desta quarta-feira, recompras de fundos e especuladores foram vistas no mercado com operadores acreditando em cotações mais altas nos próximos dias. Ontem, inclusive, o analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães, já havia alertado sobre a possibilidade de ajustes nas cotações. "Isso [suportes mantidos, apesar da baixa] deixa a sensação no ar de que o mercado pode, sem dar aviso prévio, entrar em recompras preventivas", afirmou.
Apesar do mercado se voltar mais às questões técnicas nesta quarta, os operadores continuam atentos às condições climáticas no Brasil, que podem não só comprometer a colheita, mas impactar também a safra 2017/18. Alguns agentes repercutem as indicações de chuvas nos próximos dias no cinturão do Brasil. No entanto, segundo o analista da Price Futures Group, Jack Scoville, "as temperaturas devem ficar um pouco mais quentes nos próximos dias e parece que o risco de perda adicional para o café passou".
Mapas climáticos da Somar Meterologia apontam que o tempo deve ser seco e com temperaturas em elevação nas áreas produtoras do grão nos próximos dias. No entanto, na sexta-feira, uma frente fria volta a provocar chuvas sobre o Norte do Paraná e depois avança para São Paulo.
No início desta semana, as cotações do arábica na ICE realizaram ajustes após subirem forte nos últimos dias repercutindo os relatos de que poucas lavouras do cinturão produtivo de café do Brasil tiveram prejuízos com a geada no último final de semana. A condição climática afetou apenas áreas isoladas, principalmente, no Sul de Minas Gerais e na fronteira entre Paraná e São Paulo.
Além do clima, as cotações do arábica também tiveram suporte do câmbio. O dólar comercial fechou em queda pelo segundo dia consecutivo nesta quarta-feira, cotado a R$ 3,4665 com recuo de 0,39%. O mercado repercutiu o anúncio do governo de dar prazo de 20 anos para a regra de limite do crescimento de gastos e pela decisão do Fed (Federal Reserve), Banco Central dos Estados Unidos, em manter os juros. Com a moeda esrangeira menos valorizada, as exportações da commodity tendem a recuar e os preços externos esboçam reação.
Mercado interno
Nas praças de comercialização do Brasil, os negócios com café voltaram a ficar mais lentos nesta semana após esboçarem certa reação nos últimos dias, aproveitando-se das fortes altas externas. Segundo Marcus Magalhães, o dia no mercado interno foi marcado por negócios isolados e preços firmes. "Hoje, sinceramente, temos mais perguntas do que respostas na maior origem produtora de café do mundo, o Brasil", enfatizou o analista.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje em Guaxupé (MG) com R$ 570,00 a saca e alta de 1,79%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) que teve valorização de 3,80% e saca cotada a R$ 547,00.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 577,00 a saca e avanço de 1,76%. A maior variação dentre as localidades no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG), que teve alta de 2,43%.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Araguari (MG) com R$ 520,00 a saca – estável. A maior variação no dia ocorreu em Franca (SP) com alta de 2,04% e saca a R$ 500,00.
Na terça-feira (14), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 486,32 com queda de 0,35%.
Bolsa de Londres
A Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fechou a sessão desta quarta-feira praticamente estável, após queda expressiva na véspera. O contrato julho/16 anotou US$ 1616,00 por tonelada e queda de US$ 2, o setembro/16 teve US$ 1650,00 por tonelada com recuo de US$ 1 e o novembro/16 anotou US$ 1665,00 por tonelada com desvalorização de US$ 4.
Na terça-feira (14), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 390,70 com alta de 0,25%.
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