Milho: Na BM&F, preços recuam pelo 2º dia consecutivo em meio ao andamento da colheita da safrinha
Na BM&F Bovespa, as cotações futuras do milho operam do lado negativo da tabela na sessão desta quarta-feira (15). As principais posições da commodity exibiam perdas de mais de 1%, por volta das 12h27 (horário de Brasília) e recuavam pelo 2º dia seguido. O contrato setembro/16, referência para a safrinha brasileira, era cotado a R$ 43,10 a saca. Apenas o janeiro/17 exibia leve alta, de 0,11%, negociado a R$ 45,50 a saca.
Além da queda dos preços em Chicago, a desvalorização observada no dólar hoje também contribui para a formação do cenário. Por volta das 12h20 (horário de Brasília), a moeda norte-americana exibia leve queda, de 0,02%, cotada a R$ 3,4791 na venda. Os investidores aguardam a decisão do Federal Reserve, banco central norte-americano, sobre a taxa de juros no país e o quadro político brasileiro também segue no radar, conforme informou o site G1.
Por outro lado, o clima no Centro-Sul do Brasil também continua em pauta. Depois das geadas recentes em muitas localidades de Mato Grosso do Sul, São Paulo e o Paraná, há preocupações com as previsões de chuvas para o estado paranaense, o que poderia agravar as perdas já registradas. Contudo, os especialistas ponderam que, os prejuízos só poderão ser contabilizados após alguns dias, porém, podem ultrapassar as 500 mil toneladas de milho.
Ainda assim, a tendência é que os preços se acomodem em patamares mais baixos em meio ao avanço da colheita da segunda safra. Segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), os produtores deverão colher 49,9 milhões de toneladas do grão na safrinha.
Bolsa de Chicago
Após dois dias seguidos de boas altas, as cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) voltaram a trabalhar em campo negativo nesta quarta-feira (15). Perto das 12h25 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam perdas entre 4,00 e 5,75 pontos. O vencimento julho/16 era cotado a US$ 4,31 por bushel, já o março/17 era negociado a US$ 4,46 por bushel.
De acordo com informações do site internacional Farm Futures, o mercado passa por uma correção técnica depois dos ganhos registrados recentemente. Do lado fundamental, o quadro permanece inalterado. As especulações em relação ao clima nos EUA continuam, assim como, os dados sobre a demanda aquecida pelo produto norte-americano.
No caso do clima, o NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país - reportou que nos próximos dias, as chuvas deverão permanecer abaixo da média e, contrariamente, as temperaturas deverão ficar acima da normalidade em grande parte do Meio-Oeste dos EUA. Em meio às previsões, há especulações a respeito do desenvolvimento da safra do país. Até o momento, 75% das lavouras de milho ainda apresentam boas condições, conforme dados divulgados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no início da semana.
Paralelamente, a demanda mais forte pelo cereal norte-americano continua em pauta no mercado. Isso porque, com a quebra na safrinha brasileira, devido ao clima irregular e, a colheita ainda lenta na Argentina, os compradores têm adquirido o milho dos EUA, conforme ponderam os analistas. A cada semana, o USDA tem trazido bons números nos boletins de embarques e vendas para exportação.
Nesta terça-feira, o departamento divulgou a venda de 136 mil toneladas de milho ao Japão. Em torno de 60 mil toneladas serão entregues nesta temporada e, o restante, de 76 mil toneladas na safra 2016/17.
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