Sem Austrália como importante fornecedor de carne bovina, Brasil ganha espaço no mercado internacional. Destaque para China
As exportações de carne bovina do Brasil cresceram 13% nos cinco primeiros meses de 2016, sendo o recuo na participação da Austrália o grande destaque neste período.
De acordo com a Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes) em maio, pela primeira vez a China, que era abastecida pelo país da Oceania, ocupou o topo do ranking de países que mais compraram o produto brasileiro. Foram 20 mil toneladas (30% mais que abril), com receita de US$ 84 milhões (aumento de 32% em relação ao mês anterior).
Atualmente o consumo per capita da população chinesa é de pouco mais de 5 quilos, sendo a carne suína ainda a preferência no consumo.
"Há também a Arábia Saudita que já importou 11 mil toneladas em 2016, comparado com zero no ano passado", ressalta o analista do Rabobank, Adolfo Fontes.
A abertura de mercado para esses países é resultado do enfraquecimento da oferta internacional vinda da Austrália, devido a forte seca que atinge o país nos últimos cinco anos.
"Hoje o Brasil não tem acesso a 40% do mercado internacional, mas as projeções do Rabobank indicam as vendas externas brasileiras tem condições de sair de 2 milhões para 3 milhões de toneladas nos próximos 10 anos", destaca Fontes.
O dólar a R$ 4,00 também deixou o país fortemente competitivo no mercado internacional e, mesmo com o recuo para R$ 3,50 a carne bovina brasileira continua atrativa para os demais países. "O Brasil é o mais competitivo entre a cesta de exportadores em relação ao dólar e deve permanecer assim", conforme apontou levantamento do banco.
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