Principais características dos contratos agropecuários na BM&F e a importância deles para as opções
Publicado em 13/06/2016 17:36
e atualizado em 13/06/2016 18:55
Mercado futuro na BM&F é utilizado como balizador para os negócios com as opções
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1 comentário
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Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC
OPÇÕES A FUTURO -- Há uma coisa que precisa ser melhor explicada: quando um produtor compra uma put está comprando o direito de vender a mercadoria a um determinado preço em uma data determinada. Significa também que alguém, a parte do outro lado, vendeu a put ou o direito adquirido pelo comprador. E é o vendedor quem vai garantir o preço ao comprador. Aqui não tem nada com mercado fisico. Vamos supor que a put tenha sido negociada a 40; pois bem, se o preço da mercadoria cai, o vendedor da put é obrigado a pagar a diferença. Mas no caso contrário se subir o vendedor da put fica com o premio (no jargão, a put vira pó). Então, o produtor já deve ter percebido, se o preço subir num repique e logo depois voltar a cair, o premio pago pode virar literalmente pó. É portanto uma operação que não pode ser feita sem acompanhamento técnico, para que os riscos diminuam. Ou em outras palavras, é muito importante o momento da entrada no mercado, assim como o momento da saida. É importante que se diga isso, pois opções não é coisa para amadores. Por isso Marcos, deixo aqui dito que suas explicações são muito boas, mas acho que faltou explicar melhor isso, ou talvez com mais ênfase, além de esclarecer melhor que os riscos podem ser diminuidos através das travas, evitando que o produtor sofra prejuizos em função de alguma volatilidade mais forte. A famosa violinada, não é? Então faço essas observações para que os produtores interessados não entrem no negócio de opções com expectativas muito altas, observando é claro que é possivel o produtor ganhar muito com as opções, sem quebrar contratos, ficar com o nome sujo e processos na justiça. Fiquem à vontade para usar esse comentário, se assim quiserem, inclusive corrigindo algum engano cometido por esse escrevinhador, termo muito utilizado por um de nossos amigos comentaristas. Um abraço a todos.
Obrigado Rodrigo, por auxiliar a explicar esse importante instrumento de comercialização. Se o mercado estiver acima do valor travado com a Put, ela "vira pó". Mas isso só acontece irreversivelmente caso estejamos no vencimento do respectivo contrato. Ao longo do contrato, ela pode "virar pó" várias vezes e, caindo o preço no mercado futuro, ela volta a ter valor. Somente após o vencimento, não terá mais valor nenhum. Lembrando que sempre que a Put "vira pó", o produtor tem sua produção valorizada, pois não tem comprometimento nenhum com a operação de hedge. Quanto a sugestão de um acompanhamento especializado para a utilização das opções, acho muito válido, pois é necessário que o assessor tenha experiência no ramo agrícola para sugerir melhores momentos de entrada e de saída. Obrigado!
Obrigado a você Marcos, me manifestei por achar que faltou um melhor esclarecimento sobre a put "virar pó", em minha opinião esse mecanismo deve ser bem explicado para que o produtor não acabe tendo uma experiência pouco favorável, embora o mercado de opções do milho não possa ser manipulado pelo enorme volume financeiro. Todos esses aspectos são dificeis de explicar e de entender, mas essenciais para que o produtor entre nesse mercado e permaneça e o Brasil finalmente passe a orientar os preços mundiais e não ser orientado. As opções podem trazer o controle dos preços para as maõs dos produtores brasileiros. Exagero? Não é exagero, talvez muito longe da nossa realidade, mas possivel. Outra coisa, depois de abrir a conta é preciso fazer um esforço para que o produtor entre com um minimo de 5% da produção nas travas, vamos dizer que se colhe 40000 sacas, entre com 5 contratos, para "sentir" e conhecer melhor esse excelente instrumento de comercialização chamado "Opções".
Sim, Rodrigo, a orientação é essa: deixar o cadastro pronto e fazer um contrato para aprender! Quando surgirem oportunidades, o produtor pode aproveitar.