Milho: Mercado acompanha clima nos EUA e amplia ganhos ao longo do pregão desta 5ª feira em Chicago
Durante o pregão desta quinta-feira (2), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) ampliaram os ganhos. Por volta das 12h42 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam valorizações entre 1,00 e 3,75 pontos. O contrato julho/16 era cotado a US$ 4,17 por bushel e o março/17 a US$ 4,25 por bushel. O maio/17 está bem próximo dos US$ 4,30 por bushel, cotado a US$ 4,28 por bushel.
O mercado tenta dar continuidade ao movimento positivo iniciado no dia anterior. Ainda ontem, as cotações subiram mais entre 7,75 e 9,00 pontos, com a influência das especulações sobre o clima nos Estados Unidos e da queda registrada no dólar no cenário internacional. Apenas nesta quarta-feira, os fundos de investimentos compraram 14 mil contratos de milho.
"E ainda poderemos ter mais apoio das previsões de clima, pois temos indicações de chuvas ao longo dos próximos sete dias no Meio-Oeste dos EUA", afirma Bryce Knorr, analista e editor do portal Farm Futures. De acordo com dados reportados pelo NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país - as chuvas continuarão presentes em grande parte do Corn Belt, no período de 2 a 7 de junho.
"Ainda é muito cedo para falar dos impactos das chuvas, porém, se elas continuarem, poderemos ver algumas inundações no Meio-Oeste dos EUA e o replantio é inviável. Já estamos fora da janela ideal, mas, por enquanto, o que temos é o solo encharcado. A logo prazo, as previsões indicam um clima mais seco", disse o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze.
Até o momento, cerca de 94% da área já foi cultivada com o cereal nos Estados Unidos, segundo dados divulgados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), em seu boletim de acompanhamento de safras. O órgão também informou que em torno de 72% das lavouras do cereal apresentam boas ou excelentes condições.
Os investidores ainda acompanham o comportamento do dólar no mercado internacional. Isso porque, a recente queda da moeda frente às principais divisas do mundo reforçou as expectativas dos investidores de um aumento na demanda mundial pelo grão produzido nos Estados Unidos. Em meio às estimativas de redução na produção de milho na América do Sul.
BM&F Bovespa
Os futuros do milho trabalham do lado negativo da tabela nesta quinta-feira (2) na BM&F Bovespa. Perto das 12h45 (horário de Brasília) as principais posições do cereal exibiam perdas entre 0,11% e 0,46%. O vencimento julho/16 era cotado a R$ 45,99 a saca. Apenas o setembro/16, referência para a safrinha brasileira, era negociado a R$ 43,05 a saca, com leve alta de 0,12%.
Além do início da colheita nos principais estados brasileiros, Paraná e Mato Grosso, os participantes do mercado também observam o andamento do dólar. Às 13 horas, a moeda norte-americana era cotada a R$ 3,5981 na venda, com alta de 0,28%.
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