Milho: De olho no clima nos EUA, mercado volta a subir no pregão desta 4ª feira na Bolsa de Chicago
As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) voltaram a trabalhar do lado positivo da tabela. As principais posições do cereal exibiam ganhos entre 5,00 e 6,50 pontos. O contrato julho/16 era cotado a US$ 4,11 por bushel, enquanto o março/17 era negociado a US$ 4,20 por bushel.
Assim como no caso da soja, o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, ressalta que os investidores estão de olho nas informações sobre o clima nos Estados Unidos. "Ainda é muito cedo para falar dos impactos das chuvas, porém, se elas continuarem, poderemos ver algumas inundações no Meio-Oeste dos EUA e o replantio é inviável. Já estamos fora da janela ideal, mas, por enquanto, o que temos é o solo encharcado. A logo prazo, as previsões indicam um clima mais seco", afirma.
Ainda ontem, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou que o cultivo do grão está completo em 94% da área projetada nesta temporada. Os dados são referentes até o último domingo (29). Na semana anterior, o índice estava em 86%.
O departamento ainda informou que em torno de 78% das plantas já emergiram, número acima do observado na última semana, de 60%. Em igual período de 2015, o percentual de lavouras emergidas estava em 81% e a média dos últimos cinco anos é de 75%. Em relação às condições das plantações, o USDA indicou que 72% das lavouras apresentam condições boas ou excelentes, 24% estão em condições medianas e 4% apresentam condições ruins ou muito ruins.
BM&F Bovespa
Na BM&F Bovespa, as cotações operam com leves altas nesta quarta-feira (1). Por volta das 12h34 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam altas entre 0,02% e 0,54%. O vencimento julho/16 era cotado a R$ 45,90 a saca e o setembro/16, referência para a safrinha brasileira, era negociado a R$ 42,89 a saca.
Apesar da ligeira correção, Brandalizze ainda ressalta que a tendência é que as cotações se acomodem em patamares mais baixos. "A expectativa é que colhemos 25 milhões de toneladas da safrinha durante o mês de junho, o que ajudaria a abastecer as indústrias brasileiras e acalmar o mercado. Os preços nos atuais patamares têm inviabilizado a produção de aves e suínos", completa.
Já o dólar, importante variável na composição dos preços trabalha com volatilidade no pregão de hoje. Após subir no início do dia, a moeda norte-americana voltou a cair e era negociada a R$ 3,5989, com queda de 0,37%, por volta das 12h30 (horário de Brasília). Os investidores ainda acompanham as informações sobre o reporte do PIB brasileiro que caiu 0,3% no primeiro trimestre de 2016, segundo informou o site G1.
1 comentário
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PEDRO FIORENZO Sorriso - MT
Estou otimista com o mercado da soja para 2017, porém não devemos nos entusiasmar muito com estas noticias de chuvas e inundações nas áreas do meio-oeste americano... creio que será uma safra americana igual ao do ano passado, quando todo mundo falava em quebra devido às inundações..., no final vimos uma supersafra..., solo encharcado nos EUA nesta época do ano é praticamente a garantia de que La Nina não irá afetar a produção americana até o fim da safra/16 , pois mesmo que falte chuvas o alto lençol freático irá dar suporte de umidade suficiente. Não vamos nos iludir com soja a R$ 100,00, pessoal!!! e vamos começar a cobrir nossos custos..., este é a opinião de um simples matuto.
Concordo Sr.Pedro. Soja a 100,00 seria a disponivel. Quem tiver vai vender.