Preço da soja disponível atinge recorde nos Portos e pode chegar nos R$ 100 a saca, diz consultor

Publicado em 01/06/2016 12:35

Nesta quarta-feira (1), os preços da soja nos portos brasileiros atingiram recordes e podem chegar a R$ 100,00 no mês de junho, conforme destaca o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze. No Porto de São Francisco (SC), a saca disponível da oleaginosa chegou a R$ 94,50, já em Paranaguá, a referência para os negócios está em R$ 93,00 a saca, com alta de 0,53%. Já no Porto de Rio Grande a cotação está em R$ 91,00 e ganho de 2,25%. A saca para entrega em maio/17 é cotada a R$ 90,00, nos portos de Paranaguá e Rio Grande.

O consultor ainda pondera que o cenário é decorrente da relação ajustada entre a oferta e demanda. "Temos um mercado bastante sustentado em meio a baixa oferta de soja e a demanda aquecida. O que aparece no mercado acaba sendo negociado, porém, ainda temos alguns produtores segurando o produto à espera de valores ainda mais altos. Existe a possibilidade de alcançarmos os R$ 100 a saca, cenário que poderemos ver ainda ao longo do mês de junho", explica o consultor.

Paralelamente, as altas em Chicago e também no câmbio contribuem para a formação desse cenário. No caso do dólar, a moeda era cotada a R$ 3,6157 na venda, com alta de 0,09%, por volta das 11h20 (horário de Brasília). Conforme dados reportados pelo site G1, o câmbio voltou a subir após a divulgação do resultado do PIB brasileiro no primeiro trimestre de 2016, que recuou 0,3%, uma redução menor do que a esperada pelos analistas.

Já na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros da soja voltaram a trabalhar em campo positivo. As principais posições da oleaginosa exibiam ganhos entre 8,50 e 14 pontos, por volta das 11h44 (horário de Brasília). O contrato julho/16 era cotado a US$ 10,92 por bushel, bem próximo do patamar dos US$ 11 por bushel, já o novembro/16 era negociado a US$ 10,64 por bushel.

Brandalizze ainda sinaliza que o mercado opera de maneira bastante técnica em Chicago. "Trabalhamos em um intervalo entre US$ 10,65 por bushel e US$ 10,95 por bushel. E toda vez que o mercado se aproxima do patamar de resistência dos US$ 11,00 por bushel, vemos uma onda de vendas técnicas como aconteceu no dia anterior", ressalta o consultor.

Além disso, os investidores ainda acompanham as previsões climáticas para os Estados Unidos. "E apesar de não termos indicativos, voltou a chover em algumas regiões do país. E, com isso, o mercado acaba apostando em uma alta nos preços. Já as previsões mais alongadas, para o final de semana, mostram um clima mais seco", explica Brandalizze. De acordo com informações do NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país - nos próximos dias, de 31 de maio a 6 de junho, grande parte do Meio-Oeste norte-americana deverá receber chuvas abaixo da média.

Ainda ontem, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou que cerca de 73% da área estimada para essa temporada já havia sido cultivada até o último domingo (29). Na semana anterior, o plantio estava completo em 56% da área e no mesmo período do ano anterior o percentual estava em 68%. O número ainda está acima da média dos últimos cinco anos, de 66%. Em torno de 45% das plantas já emergiram, na semana passada o número era de 22%.

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • Fátima Dorneles CARAZINHO - RS

    Produtores e produtoras rurais estão de parabéns, realmente nosso planeta precisa de alimentos e nosso país - Brasil - tem clima favorável e propício para produzir cereais. É preciso reconhecer o trabalho de quem está engajado nesta luta, é preciso planejar, preparar a terra, escolher a melhor semente, usar adubos e defensivos corretos, cuidar, para na hora da colheita ver a alegria da produção. Os alimentos estão em alta, o custeio da produção está em alta, é preciso que o preço da soja também seja reajustado. Parabéns a todos.

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