Feijão Caupi tem plantio consolidado no Nordeste e ganha novas áreas como cultura de segunda safra e oportunidade de exportação
Acontece entre os dias 7 a 10 de junho em Sorriso (MT), o IV Congresso Nacional do Feijão. O evento tem como objetivo estimular a interação entre produtores e interessados no mercado.
Sobre o tema "Feijão-caupi – Avanços e Desafios Tecnológicos e de Mercados", o Congresso contará com mesas redondas, oficinas e dia de campo com a presença de palestrantes nacionais e internacionais.
O feijão-caupi constitui-se um dos principais componentes da dieta alimentar nas regiões Nordeste e Norte do Brasil. É característico por apresenta ciclo curto, baixa exigência hídrica e rusticidade para se desenvolver em solos de baixa fertilidade.
O evento também irá promover a atualização sobre as principais inovações, mercado, pesquisas e tecnologias relacionadas à cultura.
"O produtor precisa saber que existem diferentes cultivares de feijão-caupi e, que suas sementes também devem ser tratadas", explica o pesquisador da Embrapa Teresina (PI), Kaesel Damasceno. Segundo ele, um dos principais problemas na produção atual é a utilização do grão para reprodução e não sementes tratadas.
Com foco no aumento da produtividade, a Embrapa fará o lançamento de uma nova cultivar. A BRS Imponente "é dedicada exclusivamente ao mercado de exportação com grãos brancos extragrandes", explica Damasceno.
A cultivar é mais adaptada ao cultivo em sequeiro, situação em que atingiu 2.181 kg por hectare (Mato Grosso), evidenciando o alto potencial de produtividade. No cultivo irrigado por aspersão convencional, a média de produção chegou a 1.165 kg por hectare, segundo informações da Embrapa.
Hoje a cultura encontra-se em franca expansão nos cerrados das regiões Meio-Norte e Centro-Oeste do Brasil, com produtividade média de 340 quilos por hectares em 1,3 milhão de hectares.
O mercado do feijão-caupi ainda tem contornos regionais, concentrando-se, principalmente, nas regiões Nordeste e Norte. Entretanto, há um grande mercado internacional a ser explorado.
De acordo Damasceno em 2013 o Brasil exportou 24 mil toneladas de feijão-caupi, já em 2014 o volume saltou para 52 mil toneladas e em 2015 encerramos com embarques acima de 120 mil toneladas.
"O Brasil está conhecendo esse mercado internacional e, ao longo dos anos estamos conseguindo aumentar o volume de vendas, mas é importante que essa demanda seja atendida de forma constante para não prejudicar o mercado", destaca o pesquisador.
A organização do evento também preparou para o dia 8 de junho uma oficina de negócios voltada para representantes de empresas dos segmentos de produção e comercialização de grãos, semente ou derivados, do Brasil e do exterior.
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