Chuvas permanecerão sobre o Sudeste ao longo da semana. La Niña começa com fraca intensidade
Os meteorologistas confirmam o fim do El Niño, fenômeno que foi um dos três mais fortes já registrados. A indicação agora é da chegada de um La Niña, que traz condições de clima opostas.
O La Niña é característico pelo esfriamento das águas do Pacífico. De acordo com o Centro de Previsões Climáticas dos Estados Unidos, há 75% de chance de que o fenômeno ocorra.
Segundo o agrometeorologista da Somar, Marco Antônio dos Santos, o La Niña deve ser confirmado a partir de outubro/novembro, porém alguns de seus efeitos já podem começar a ser observados.
Com o El Niño, que vigorou até meados de primeiro trimestre de 2016, a produção agrícola do Brasil sofreu com excesso e chuvas nos estados do Sul e estiagem no Centro-Norte. Para o La Niña "os impactos não ficaram mais na América Central, mas sim no Rio Grande do Sul, Argentina, Uruguai e nos Estados Unidos que poderá haver alguns períodos de seca", explica o agrometeorologista.
Os efeitos, porém, não devem trazer amplas consequências para a produção agrícola do Meio Oeste Norte-Americano. Segundo informa Santos, serão estiagens pontuais que não terão força para causar quebras generalizadas.
"O problema é que está previsto para o fenômeno se estender até 2017, e então teremos quebras significativas tanto para a América do Sul, quanto do Norte", alerta Marco Antônio.
Previsão Junho
No Brasil, uma frente fria associada a um canal de umidade manterá a área de instabilidade sobre o centro do país, durante toda a semana.
No Rio Grande do Sul, Santa Catarina e em grande parte do Matopiba e Pará o tempo seguirá firme e sem previsões de chuvas.
A partir da segunda semana de junho "as chuvas ficaram concentradas mais ao sul do país. No Matopiba não há previsões de precipitações generalizadas até outubro", explica Santos.
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