Milho: Após três pregões em queda, preços testam recuperação e voltam a subir na BM&F nesta 4ª feira
As cotações futuras do milho negociadas na BM&F Bovespa voltaram a trabalhar do lado positivo da tabela na sessão desta quarta-feira (25). As principais posições do cereal exibiam valorizações entre 0,53% e 2,19%, por volta das 12h27 (horário de Brasília). O contrato julho/16 era cotado a R$ 45,55 a saca e o setembro/16, referência para a safrinha brasileira, era negociado a R$ 42,90 a saca. Já o vencimento janeiro/17 era cotado a R$ 45,20 a saca.
O mercado voltou a trabalhar em alta após recuar nos últimos três pregões. Isso porque, conforme reforçam os analistas, os contratos já têm precificado o início da colheita da segunda safra de milho no país. Em importantes estados produtores do cereal, como Mato Grosso e Paraná, os agricultores já iniciaram os trabalhos nos campos. Inclusive, em Mato Grosso, a colheita já chegou a 0,37%, conforme última projeção do Imea (Instituto mato-grossense de Economia Agropecuária).
Normalmente, os agricultores mato-grossenses começam a colheita do cereal em meados do mês de junho. Contudo, em algumas regiões como é o caso de Sinop, os trabalhos nos campos têm sido antecipados para que os agricultores consigam aproveitar os valores mais altos praticados no mercado disponível, segundo disse o presidente do Sindicato Rural do município, Antônio Galvan em recente entrevista ao Notícias Agrícolas. Na localidade, a saca do cereal é negociada entre R$ 30,00 a R$ 33,00.
Mesmo com uma perspectiva de quebra na safrinha, depois do longo período seco e das altas temperaturas registradas em abril, a estimativa aponta para uma produção ao redor de 52,90 milhões de toneladas, segundo dados oficiais da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Porém, muitas consultorias privadas apostam em um número abaixo de 50 milhões de toneladas.
Além dos fundamentos, o mercado também é influenciado pelo andamento do câmbio. Ainda hoje, a moeda norte-americana era cotada a R$ 3,6078 na venda, com alta de 0,90%, perto das 12h50 (horário de Brasília). De acordo com dados reportados pelo site G1, a movimentação é decorrente das preocupações com o cenário político no Brasil e também a cautela antes do feriado desta quinta-feira (26), de Corpus Christi.
Bolsa de Chicago
Na Bolsa de Chicago (CBOT), as cotações futuras do milho ampliaram os ganhos ao longo da sessão desta quarta-feira (25). Às 12h50 (horário de Brasília), todas as posições do cereal operavam acima do nível de US$ 4,00 por bushel e exibiam ganhos entre 3,50 e 5,00 pontos. O contrato julho/16 era cotado a US$ 4,02 por bushel e o setembro/16 a US$ 4,04 por bushel.
Além da demanda pelo produto norte-americano, os participantes do mercado ainda observam as informações do clima nos Estados Unidos. "Temos fortes tempestades previstas para essa quarta-feira em grande parte de Nebraska e parte de um sistema que está movendo para fora das planícies e que deve atingir o Cinturão produtor de milho nos próximos sete dias. Na faixa leste da região, a previsão indica um menor volume de chuvas e os produtores correm para finalizar o plantio do cereal até 5 de junho para aproveitarem o seguro", disse Bryce Knorr, analista e editor do site Farm Futures.
Em relação à safra dos EUA, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou que até o último domingo (22), cerca de 86% da área havia sido cultivada. O portal ainda informou que rumores vindas do lado da demanda ainda contribuem para a sustentação dos preços. Há especulações no mercado a respeito de uma compra de 70 mil toneladas de milho feita pela Coreia do Sul, que ainda adquiriu mais 60 mil toneladas de trigo.
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