Milho: Mercado acompanha queda do dólar e recua nesta 3ª feira na BM&F; set/16 cotado a R$ 42/sc
As cotações futuras do milho negociadas na BM&F Bovespa trabalham em queda nesta terça-feira (24). Os preços recuam pelo segundo dia consecutivo e, por volta das 12h41 (horário de Brasília), exibiam perdas de mais de 1%. O contrato julho/16 era cotado a R$ 44,80 a saca e o setembro/16, referência para a safrinha, era negociado a R$ 42,00 a saca.
Mais uma vez, as cotações acompanham a movimentação negativa registrada no dólar. Perto das 12h30 (horário de Brasília), a moeda norte-americana era negociada a R$ 3,553 na venda, com queda de 0,82%. De acordo com dados do site G1, a movimentação é decorrente da cautela por parte do mercado frente às medidas anunciadas pelo presidente em exercício, Michel Temer.
Fundamentalmente, os investidores ainda observam a baixa disponibilidade do produto no mercado doméstico, o que continua a dar sustentação aos preços internos. Já no mercado futuro, as atenções estão voltadas à safrinha e as projeções do tamanho da quebra em função do clima irregular.
Ainda assim, os analistas já tinham alertado que as cotações poderiam se acomodar em patamares mais baixos diante do início da colheita da safrinha. Em algumas regiões de Mato Grosso e Paraná, alguns produtores já deram início aos trabalhos nos campos. Em Sinop (MT), alguns agricultores estão colhendo o cereal antecipadamente para aproveitarem os preços mais elevados, conforme disse o presidente do sindicato rural do município, Antônio Galvan, em recente entrevista ao Notícias Agrícolas.
Bolsa de Chicago
Durante as negociações desta terça-feira (24), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) voltaram a trabalhar do lado azul da tabela. Após testar leves baixas na manhã de hoje, as cotações do cereal voltaram a registrar ligeiras altas e, por volta das 12h41 (horário de Brasília), apresentavam ganhos entre 1,50 e 2,75 pontos. Todos os vencimentos eram cotados acima do patamar de US$ 4,00 por bushel. O setembro/16 era negociado a US$ 4,02 por bushel.
As informações reportadas pelas agências internacionais ainda dão contam que os investidores acompanham os dados do plantio da safra 2016/17 nos EUA. Ainda ontem, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou que até o último domingo (22) a semeadura do cereal estava completa em 86% da área projetada para essa temporada.
Na semana anterior, o índice estava em 75%, já no mesmo período do ano passado, cerca de 90% da área já havia sido plantada. A média dos últimos cinco anos é de 85%. O departamento ainda informou que cerca de 0% das plantações já emergiram. O percentual está abaixo do registrado no mesmo período de 2015, de 69% e da média dos últimos cinco anos, de 55%. Na semana anterior, em torno de 43% das lavouras do cereal já haviam emergido.
Por outro lado, a demanda pelo produto norte-americano, continua a ser um ponto importante a ser observado pelos participantes do mercado. Ainda nesta segunda-feira, o USDA reportou os embarques semanais de milho em 1.076,464 milhão de toneladas, na semana encerrada no dia 19 de maio.
O andamento da safra na América do Sul também continua no foco dos investidores. Especialmente, no Brasil onde as perdas são expressivas devido ao clima seco e quente observado ao longo do mês de abril. Nas principais regiões produtoras do cereal, os produtores relatam prejuízos e queda na produtividade, inclusive, em alguns municípios já foi decretado estado de emergência.
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