Café: Após baixa na véspera, Bolsa de Nova York opera em alta nesta manhã de 3ª feira
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com leve alta nesta manhã de terça-feira (24), após recuarem mais de 250 pontos na véspera. De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, recompras de fundos são registradas no terminal externo e motivam valorização nos preços.
Por volta das 09h28, o contrato julho/16 registrava 122,30 cents/lb com alta de 15 pontos, o setembro/16 tinha 124,30 cents/lb com avanço de 20 pontos. Já o vencimento dezembro/16 anotava 127,05 cents/lb e o março/17 operava com 129,70 cents/lb, ambos com avanço de 15 pontos.
Na sessão anterior, o mercado repercutiu o câmbio, que impacta as exportações da commodity, ajustes técnicos e o avanço da colheita no Brasil. O dólar comercial encerrou a sessão desta segunda com alta de 1,82%, cotado a R$ 3,5823 na venda, repercutindo o cenário político no Brasil. O dólar mais alto em relação ao real dá maior competitividade às exportações da commodity.
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Veja como fechou o mercado na segunda-feira:
Café: Bolsa de Nova York inicia semana com queda de mais de 250 pts e volta a se aproximar de US$ 1,20/lb
Nesta segunda-feira (23), as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam com queda de mais de 250 pontos nos principais vencimentos e ficaram ainda mais próximas do patamar de US$ 1,20 por libra-peso. O mercado repercute o câmbio, que impacta as exportações da commodity, ajustes técnicos e o avanço da colheita no Brasil.
O contrato maio/16 registrou 129,30 cents/lb e o julho/16 anotou 122,15 cents/lb, ambos com queda de 255 pontos. Já o vencimento setembro/16 fechou o dia com 124,10 cents/lb e 255 pontos de recuo, enquanto o dezembro/16, mais distante, teve 126,90 cents/lb com 250 pontos de desvalorização.
"O dia foi caracterizado por liquidações especulativas, com os compradores, mais uma vez, se mostrando reticentes", afirma o analista de mercado da Origem Corretora, Anilton Machado.
Além dos ajustes técnicos, que permeiam o mercado desde a semana passada, o câmbio também exerceu pressão sobre os preços externos. O dólar comercial encerrou a sessão desta segunda com alta de 1,82%, cotado a R$ 3,5823 na venda, repercutindo o cenário político no Brasil. O dólar mais alto em relação ao real dá maior competitividade às exportações da commodity.
Até a terceira semana de maio (15 dias úteis), as exportações brasileiras de café registraram 1,53 milhões de sacas de 60 kg, com receita de US$ 223,4 milhões. Foram embarcadas 102,6 mil sacas por dia, ante uma média de 111,6 mil por dia em abril. "Os estoques do país foram reduzidos nos últimos meses após exportações fortes – impulsionadas pelo câmbio – e como consequência de duas safras prejudicadas por secas", reportou a Reuters.
Do lado fundamental, também sobre as cotações do arábica o avanço da colheita no Brasil, que tem ocorrido sem problemas. Segundo levantamento divulgado na última quinta-feira (19) pela Safras & Mercado, a colheita do Brasil está em 10% do total esperado, ou seja, 5,63 milhões de sacas de 60 kg. A consultoria estima a produção de café nesta temporada em 56,4 milhões de sacas.
Mercado interno
Em meio à colheita, o mercado físico brasileiro continua lento. Os produtores estão mais focados com os trabalhos no campo e não ofertam suas produções pelos atuais patamares. "As colheitas avançam, mas a liquidez não acompanha a ansiedade ou a expectativa de muitos do setor", afirmou na última sexta-feira o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.
Em entrevista ao Notícias Agrícolas na quinta-feira (19), o produtor de café, Fernando Barbosa informou que os preços do grão na região de São Pedro da União (MG) estão em cerca de R$ 480,00 a saca, o que não cobre nem os custos de produção.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje em Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 530,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Guaxupé (MG) com queda de 1,51% e saca a R$ 522,00.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 522,00 a saca e recuo de 1,51%. Foi a única oscilação no dia dentre as praças.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação nas cidades de Araguari (MG) e Varginha (MG), ambas com R$ 490,00 a saca – estável. A maior variação no dia dentre as praças ocorreu em Espírito Santo do Pinhal (SP) com alta de 2,16% e saca a R$ 480,00.
Na sexta-feira (20), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 452,58 com queda de 1,35%.
Bolsa de Londres
A Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, seguiu Nova York e também registrou queda nesta segunda-feira. O contrato maio/16 anotou US$ 1631,00 por tonelada com recuo de US$ 1, o julho/16 teve US$ 1650,00 por tonelada e queda de US$ 10 e o setembro/16 anotou US$ 1661,00 por tonelada com desvalorização de US$ 15.
Na sexta-feira (20), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 388,53 com avanço de 0,09%.
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