Brasil exporta soja em ritmo acelerado em maio; embarques de milho têm 2º pior mês
SÃO PAULO (Reuters) - Os embarques de soja em maio seguem bastante acelerados, com ritmo apenas ligeiramente abaixo do registrado em abril, quando houve exportações recordes, enquanto os envios de milho deverão fechar o mês perto do menor volume da história, mostraram nesta segunda-feira dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
O ritmo de embarques de soja neste mês está em 500,8 mil toneladas por dia, ante 504,3 mil toneladas em abril e 467,1 mil toneladas por dia em maio de 2015.
Até o momento, os portos brasileiros registraram a saída de 7,5 milhões de toneladas este mês, ante um recorde de 10 milhões de toneladas em abril, na esteira de uma colheita recorde encerrada recentemente no país.
O Brasil caminha para exportar um recorde de 55,3 milhões de toneladas em 2016, colocando-se mais uma vez como maior fornecedor global da oleaginosa, segundo dados da Abiove, associação que reúne as maiores indústrias e tradings do país.
Ao mesmo tempo, os embarques de milho nas três primeiras semanas de maio totalizaram apenas 1,2 mil toneladas. O volume é ligeiramente superior ao menor volume já registrado pela Secex, de 1,19 mil toneladas no mês inteiro de junho de 2010.
No ritmo de embarques de cerca de 100 toneladas por dia, dificilmente o Brasil fechará maio com mais de 2 mil toneladas exportadas.
Os embarques extremamente fracos ocorrem um momento de escassez do cereal no mercado brasileiro, onde os estoques foram esgotados por embarques recordes entre o fim de 2015 e o início de 2016. A nova oferta de milho do Brasil só chegará ao mercado nos próximos meses, com a aceleração da segunda colheita da temporada 2015/16.
CAFÉ
O café é outro importante produto agrícola com embarques mais fracos neste mês de maio.
O país exportou 102,6 mil sacas de 60 kg por dia este mês até o momento, ante uma média de 111,6 mil sacas em abril e 131,5 mil sacas por dia em maio de 2015.
Os estoques do país foram reduzidos nos últimos meses após exportações fortes --impulsionadas pelo câmbio-- e como consequência de duas safras prejudicadas por secas.
(Por Gustavo Bonato)
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