Boi gordo e suíno exibem reação nesta semana; frango vivo segue pressionado pela oferta
Boi Gordo: Mercado estável, mas a oferta de animais vem diminuindo
Por Juliana Serra, médica veterinária da Scot Consultoria
Mercado do boi gordo estável em São Paulo.
A oferta de animais terminados, apesar de melhor do que no início deste ano, vem diminuindo nos últimos dias.
Os frigoríficos paulistas têm encontrado maior dificuldade em comprar animais e alongar as escalas, que atendem entre três e quatro dias.
No balanço geral, das trinta e uma praças pesquisadas pela Scot Consultoria, houve alta em quatro e queda em apenas uma, considerando o macho terminado.
As recentes quedas dos preços da carne com osso no atacado, devido ao baixo escoamento da produção, têm deixado as margens de comercialização das indústrias estreitas.
Este pode ser um fator limitante para altas nos preços da arroba do boi gordo em curto prazo.
Frango Vivo: Oferta volta a pressionar e cotação recua em MG
Por Larissa Albuquerque
O preço do frango vivo no mercado independente de Minas Gerais voltou a recuar nesta terça-feira (17) após exibir leve recuperação na primeira quinzena de maio.
Segundo relatório da AVIMIG (Associação dos Avicultores de Minas Gerais) o quilo do animal vivo posto granja fechou cotado a R$ 2,50 - queda de R$ 0,05 em relação a preço praticado nos últimos dias.
Na semana passada, os preços demonstraram leve recuperação com o incremento da demanda de início de mês, mas a oferta ainda superou a necessidade do mercado e impediu valorizações mais significativas.
Após o final da primeira quinzena mensal e o esfriamento da demanda, o mercado voltou a demonstrar fragilidade.
Em São Paulo, o valor de comercialização do animal vivo está em R$ 2,50/kgm, sem sofrer alterações há quase três semanas.
De acordo com o portal AviSite, apesar da referência em R$ 2,50/kg ambas as praças tem apresentado negócios abaixo do patamar, levando a acreditar que "o mercado de frango vivo nesta segunda metade de maio permanecerá fraco, sem maiores perspectivas de revitalização", declara.
Além da estabilidade, os avicultores paulistas também enfrentam elevados custos de produção. Segundo levantamento da Scot Consultoria, a relação de troca do avicultor frente ao milho ainda preocupa. Atualmente, em São Paulo, é possível comprar 2,98 quilos de milho grão com o valor de um quilo de frango. “Esta é a pior relação de troca observada em 2016”, afirmam.
Em entrevista a Folha de S.Paulo, o novo Ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou precisar resolver pendências administrativas ainda nesta semana para liberar milho estocado e aliviar a pressão sobre o setor granjeiro.
"Tem um comitê com Fazenda, Planejamento, Casa Civil, uns cinco para dar palpite numa área que não conhecem. As estruturas montadas têm atrapalhado o fluxo de decisões. Agora, [nova reunião] só em 60 dias", disse Blairo a Folha.
Suíno Vivo: Minas Gerais segue tendência e registra aumento de preço nesta 3ª feira
Por Larissa Albuquerque
A Associação dos Suinocultores de Minas Gerais (ASEMG) registrou um aumento de R$0,25 Kg/vivo, fechando em R$ 3,50 Kg/vivo a bolsa mineira – aumento relativo ao preço de R$ 3,25 acordado no Estado na semana anterior.
A pesquisa de mercado Mercominas sinalizou que na semana passada 77% dos negócios foram fixados no valor da Bolsa de Belo Horizonte a R$3,25 e 6% acima deste valor, indicando uma tendência de alta para esta semana, o que pode ser confirmado também por outras praças.
Em São Paulo a APCS (Associação Paulista dos Criadores de Suínos) informou alta de R$ 0,32 no quilo do animal vivo. Assim, os negócios no estado saíram de R$ 3,15/kg para R$ 3,47/kg neste início de semana.
No Rio Grande do sul, a bolsa de suínos indicou alta de R$ 0,20 na referência, passando de 3,10/kg para R$ 3,30/kg. Enquanto que a cotação agroindustrial média do suíno ficou em R$ 2,78/kg, segundo informações a ACRURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul).
Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, "a tendência para o curto prazo é de que os preços continuem nos mesmos patamares registrados na semana”, afirma. Ainda assim, a situação segue complicada no mercado interno, "por conta dos altos custos de produção, mas ao menos o setor conseguiu estancar um pouco as perdas", completa.
Apesar da melhor relativa nas cotações, as altas significativas na saca do milho têm deixado os suinocultores de todo o país em situação dramática.
Em São Paulo, a relação de troca arroba suína/milho alcançou um dos piores patamares da história. De acordo com levantamento da APCS atualmente é possível comprar com uma arroba suína apenas 1,4 sacas de milho, enquanto que tradicionalmente a relação era de 2,4 scs/@.
"Na região de Campinas (SP) a saca do cereal é comercializada a R$ 53,00, o farelo de soja em torno de R$ 1.300,00/t. Assim, o custo de produção chega a R$ 75,00 por arroba", explica o presidente da Associação Valdomiro Ferreira.
E mesmo com a alta de R$ 0,32/kg em relação ao preço anterior, os suinocultores paulistas ainda amargam um prejuízo de R$ 53,00 por animal vivo comercializado no mercado independente.
Diante desse cenário, Ferreira afirma que muitas granjas já estão deixando de alocar e abatendo matrizes e, entregando animais mais leves, fatores que criando um desequilíbrio de oferta.
"Assim, projetamos para o segundo semestre uma redução no volume de carnes disponível no mercado interno. Porém, o consumo - em função da crise econômica - não deve impulsionar os preços", destaca Ferreira.
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