Café: Após nove altas consecutivas, Bolsa de Nova York tem queda próxima de 100 pts nesta 3ª feira

Publicado em 17/05/2016 17:49

Após nove sessões consecutivas de alta, os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão desta terça-feira (17) do lado vermelho da tabela. Ainda assim, os preços continuam acima de US$ 1,30 por libra-peso, importante patamar para o mercado. Após repercutir aspectos fundamentais e técnicos, chegando a operar dos dois lados da tabela, os preços externos acabaram realizando ajustes no fim do dia.

O contrato maio/16 encerrou a sessão de hoje cotado a 131,85 cents/lb com 85 pontos de queda, o julho/16 teve 132,70 cents/lb com baixa de 90 pontos. Já o vencimento setembro/16 teve 134,60 cents/lb com 80 pontos negativos e o dezembro/16 registrou 137,20 cents/lb com 75 pontos de valorização.

Para o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, a baixa nas cotações do arábica nesta terça representa um processo de acomodação especulativa ante as boas volatilidades presenciadas. "Para amanhã, no café, deveremos ter o velho ditado saindo prevalecido, ou seja, mais do mesmo", afirma.

Fundamentalmente, ainda acabam dando certo suporte às cotações as incertezas em relação ao desequilíbrio entre oferta e demanda no mercado. Os operadores acreditam que mesmo com uma colheita ao redor de 50 milhões de sacas neste ano – média das projeções das principais entidades para o Brasil –, o país teria dificuldades no abastecimento global e até com demanda interna. Os estoques de café de safras passadas são praticamente inexistentes.

Segundo levantamento da Safras & Mercado, reportado pela Reuters na última sexta-feira (13), a colheita da safra 2016/17 no país já atingiu 7% da área total, cerca de 4,22 milhões de sacas de 60 kg. A consultoria projeta a produção do país em 56,4 milhões de sacas.

O câmbio também contribuiu para ganhos ao longo do dia no mercado do arábica. O dólar comercial encerrou em queda nesta terça-feira recebendo bem a indicação de Ilan Goldfajn para presidir o Banco Central e acompanhando outros mercados. A moeda estrangeira mais baixa que o real acaba desencorajando as exportações da commodity e os preços tendem a subir. O dólar recuou 0,36%, cotado a R$ 3,4915 na venda.

"Tecnicamente o contrato "C" precisa segurar acima de US$ 126,60 para não perder o momentum, caso contrário vai voltar a testar os US$ 120,00 centavos. A primeira resistência está em US$ 131,20, seguida por US$ 134,90 e finalmente a alta do dia 23 de março, US$ 138,20", explicou em seu relatório semanal o diretor de commodities do Banco Société Générale, Rodrigo Costa.

Mercado interno

O mercado físico brasileiro segue com negócios isolados nas principais praças de comercialização. O produtor está mais atento aos trabalhos no campo e não oferta sua pouca produção que resta pelos patamares vigentes. "O setor produtivo continua focado nos trabalhos de colheita deixando as questões mercadológicas relegadas ao segundo plano", afirma Marcus Magalhães.

O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje em Guaxupé (MG) com R$ 545,00 a saca e queda de 0,91%. A maior oscilação no dia foi registrada em Poços de Caldas (MG) com alta de 3,13% e saca a R$ 527,00.

O tipo 4/5 também teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 535,00 a saca e recuo de 0,93%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com alta de 2,28% e saca a R$ 494,00.

O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Araguari (MG) com R$ 500,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia ocorreu nas cidades de Espírito Santo do Pinhal e Franca com queda de 2,04% e saca a R$ 480,00 e .

Na segunda-feira (16), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 475,14 com alta de 1,45%.

Bolsa de Londres

A Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fechou do lado azul da tabela nesta terça-feira. O contrato maio/16 registrou US$ 1670,00 por tonelada e alta de US$ 12, o julho/16 teve US$ 1696,00 por tonelada e avanço de US$ 10, enquanto o setembro/16 anotou US$ 1710,00 por tonelada e valorização de US$ 12.

Na segunda-feira (16), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 389,71 com alta de 0,17%.

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Tags:
Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • miguel moura abdalla piraju - SP

    CAFÉ DA SAFRA 2015/2016 SE ESGOTOU, LEVANDO ASTORREFADORAS MENORES FAZEREM RALLY. A procura do café acontece até nos escritórios de contabilidade dos produtores. E ESSA SEMANA ESTÁ CHOVENDO, ATRAPALHANDO A COLHEITA...

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    • sergio ricardo dos santos Cubatão - SP

      boa tarde! temos varredura contendo NPK, apenas R$350,00 por tonelada contato com sergio 13.988417474 retirada do produto na cidade de Santos teor 06 10 10

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